27.8.23

FÉ E SUAS VARIAÇÕES

Introdução: Fé, importantíssima na vida de todos aqueles que desejam alcançar objetivos de ordem material, e principalmente de ordem espiritual. Fé significa confiança absoluta.

Jesus disse: Tenha fé em Deus; Mc 11. Vê; a tua fé te salvou; Lc 18:42. Jesus disse a Jairo: Não tenha medo; tenha fé, e sua filha ficará boa; Lc 18:42. 

Jesus ajudou muitos que não tinham fé, como no caso do paralítico do tanque de Betesda, mas a grande maioria atraiu para si a cura através da Lei de Atração, pois o desejo ardente atraiu a cura. 

Jesus caridosamente ajudou muitos que não tinham fé por razões diversas. Jesus veio ensinar aos homens essa Lei Espiritual. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam; Hb 11:6.

Fé com Obras para a Salvação
Muito se fala em salvação, mas salvação do que? Salvação de nós mesmos, de nossas imperfeições, da nossa ignorância e a maneira mais eficaz de evoluir é servindo ao próximo. 

Jesus desceu das mais altas esferas de Luz para servir, logo esse é o caminho da salvação: Servir. "Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo com a ti mesmo"

Ninguém consegue amar o próximo; sem se amar primeiro, isto é, não fazer nada de bom para si mesmo. Para servir precisamos estar cada mais vez mais apto, é preciso servir de maneira sábia e inteligente. Amar é servir, é fazer!
  1. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras, Tg 2:18. Fé sem obras é morta; Tg 2:26.
  2. Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Tg 2:14.
  3. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. Tiago 2:24
  4. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor (e amor é TRABALHO NO BEM); 1 Cor 13:13.
Essas, e muitas outras passagens do Evangelho nos encoraja a ter fé para alcançar uma conquista de ordem material ou uma cura física. 

Basta acreditar, sem duvidar e porque funciona? Por que a fé é uma lei espiritual, a Lei de Atração (Magnetismo). Aquilo que vibramos atraíamos, emanamos um desejo, e se nesse desejo há sentimento, mais cedo ou mais tarde acontecerá. Uma fé fraca, sem energia, sem vibração suficiente, é uma fé que não gera resultados.

Em Hebreus 11:6 diz sobre a
fé na Divindade. Não podemos ver a Deus com os olhos da matéria, mas aquele que se eleva a Deus é preciso CRER que Ele existe. 

Esse tipo de fé é imprescindível para que a alma do homem se eleve e se ilumine. Quem não possui esse nível de fé, ficará no escuro, até que um dia aprenda a se elevar até o Criador, por essa fé na Divindade, isto é, crendo que somos filhos, Centelhas Divinas emanadas pelo Criador.

Fé na Lei de "Ação e Reação" e a Lei de "Merecimento"
Jesus falou sobre essa Lei, e essa Lei jamais muda. Quem não acredita nessa Lei, terá que ir para a escola carnal para aprender. (…) 

Após interrogar seus discípulos acerca do que diziam os homens a seu respeito, Jesus disse: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras Mt 16:27. Basta uma simples interpretação através da razão para concluir:
  • Lei de Causa e Efeito;
  • Lei de Merecimento;
  • O que define a sorte futura (SALVAÇÃO DA ALMA) são as obras e não a fé;
  • Mais importante do que crer, é o fazer. Porque quem faz, faz porque é movido pelo amor e compaixão, mesmo que não acredite. Quem só acredita e não faz, não ama. Só tem fé da boca pra fora. 
  • "Porque o que semeia para a sua própria carne (egoísmo e orgulho) da carne colherá corrupção; mas o que semeia (OBRAS) para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna" (vida futura) Gl 6:8. 
  • "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará." Gl 6:7
O que significa "Semear no Espírito"? Semear no Espírito é caridade desinteressada! No dia de "acerto de contas", será solicitado o que foi feito, e não a religião que pertenceu. 

Faz o bem na vida material, e colherá na vida Espiritual. Alguém pode dizer que o que move o ser humano a fazer caridade é a fé em Deus ou em Jesus. Essa maneira de entender é uma meia verdade

O ateu por exemplo é um filho que não acredita que o Pai existe, mas pode ser um indivíduo cheio de compaixão, caridoso, compassivo, gentil, amável, ou seja, é MELHOR do que os "crentes" que só ficam no crer SEM FAZER. 


CAPÍTULO XIX
A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS

O poder da fé. — A fé religiosa. Condição da fé inabalável. — Parábola da figueira que secou. — Instruções dos Espíritos: A fé: mãe da esperança e da caridade; A fé humana e a divina.

O poder da fé
1. Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. 

Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. — Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. — E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. 

Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? 

Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (Mateus, 17:14 a 20.)

2. No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. 

Aqui, porém, unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas.

Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. 

Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.

3. Noutra acepção, entende-se como
fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.

A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. 

A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

4. Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus

Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.

5. O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. 

Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé (MAGNETISMO).

A fé religiosa. Condição da fé inabalável
6. Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. 

Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. 

Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. 

Cada religião pretende ter a posse exclusiva da verdade; preconizar alguém a fé cega sobre um ponto de crença é confessar-se impotente para demonstrar que está com a razão.

7. Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta alegar muita gente que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. 

Não; ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir-lhe ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la. 

Tende, pois, como certo que os que dizem: “Nada de melhor desejamos do que crer, mas não o podemos”, apenas de lábios o dizem e não do íntimo, porquanto, ao dizerem isso, tapam os ouvidos. As provas, no entanto, chovem-lhes ao derredor; por que fogem de observá-las? 

Da parte de uns, há descaso; da de outros, o temor de serem forçados a mudar de hábitos; da parte da maioria, há o orgulho, negando-se a reconhecer a existência de uma força superior, porque teria de curvar-se diante dela.

Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, sinal não menos evidente de naturezas retardatárias. 

As primeiras já creram e compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição do que souberam: estão com a educação feita; as segundas tudo têm de aprender: estão com a educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não ficar concluída nesta existência, ficará em outra.

A resistência do incrédulo, devemos convir, muitas vezes provém menos dele do que da maneira por que lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. 

E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. 

É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. 

A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão em todas as épocas da humanidade.

A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

Parábola da figueira que secou.
8. Quando saíam de Betânia, ele teve fome; — e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. — 
Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. — No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz. — Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. 

— Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. — Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (Marcos, 11:12 a 14 e 20 a 23.)

9. A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. É de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram.

Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. 

São árvores cobertas de folhas, porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz. 

Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.

10. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; 

são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. 

Se, porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos, se se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. 

Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos maus.

Instruções dos Espíritos
A fé: Mãe da Esperança e da Caridade.
11. Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou. 

A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?

"Fé, Esperança e Caridade"

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar, que será do edifício que sobre ela construirdes?

Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.

A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. 

Pregai vossa fé pelo exemplo, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. 

Amai a Deus, mas sabendo por que o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo por que acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do fim que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: Os milagres são obras da fé.

José, Espírito protetor.
Bordéus, 1862.


A fé humana e a divina
12. No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.

Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. 

Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação

Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?

A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. 

O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.

O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres

Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas.

Um Espírito Protetor. Paris, 1863.
"O Evangelho Segundo o Espiritismo"

Namastê Laroyê

20.8.23

SALVAÇÃO NÃO É PELA GRAÇA

Muitas pessoas no meio religioso tem uma ideia equivocada do que significa salvação. Primeiro é preciso entender do que se esta sendo salvo. Ter a reposta certa dessa pergunta trás a tona, todo o mau entendido das correntes religiosas inocentes (ignorantes), ou mau intencionadas.

Afinal de contas seremos salvos do que? Da condenação eterna? Do inferno de fogo? Na realidade somos salvos de nós mesmos, das nossas próprias imperfeições. 

Nós somos o nosso maior inimigo, não precisa de "diabo" quando infligimos e desrespeitamos as Leis Divinas. Jesus não veio salvar ninguém pela fé, porque fé sem obras é morta Tg 2:14. Não adianta ter fé, e não fazer nada por si mesmo, e pelos outros. 

Jesus não vai te salvar, você VAI SE SALVAR, praticando seus ensinos sublimados, o EVANGELHO DO CRISTO. Não adianta ficar repetindo o nome de Jesus; e não colocar em pratica seus ensinamentos. Jesus disse: Aquele tem os meus ensinos e os guarda (COLOCA EM PRATICA), este é o que me ama; João 14:21. 

Já parou pra pensar que os textos bíblicos que falam sobre salvação pela "graça", "pela fé", "justificação pela morte de Jesus" ou "pagamento de pecados através da cruz", é apenas o retrato de como os autores compreendiam sobre as coisas espirituais? Ou com o passar do tempo as traduções foram descaracterizando os ensinos do Mestre?

Mas não é como as coisas são de fato. Por isso devemos focar nas PALAVRAS DO CRISTO. E devemos através da razão, confrontar os textos bíblicos, com os ensinos do Grande Mestre. E nos ensinos de Jesus não tem salvação pela graça, nem pela fé na morte de cruz. 

Fé é algo maravilhoso que todo mundo deve praticar, para outros fins úteis. Por exemplo: Fé na existência de Deus; e fé que Cristo esteve entre nós; e nos ama de uma forma estrondosa. Aí sim, esse tipo de fé; é a fé; que nos eleva e atraímos assim a presença dos bons espíritos

Diversos autores bíblicos foram sim INSPIRADOS para registrar, mas nem tudo que foi escrito foi inspirado. Por isso tudo deve ser analisado e confrontado com o EVANGELHO DO CRISTO, se houver divergência com os ensinos do Cristo, então trata-se da visão do autor consoante a época em que vivia.

Fora da Caridade não há salvação
Jesus na parábola do 'Bom Samaritano' ensina que Deus não faz diferença de diversidade de crenças, desde que a caridade tenha sido praticada

Sua religião e dogmas não interessam, você pode ser até ATEU. Deus encerrou a todos nesta máxima: Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo. Benevolência com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. 

Caridade segundo Jesus não se restringe à esmolas, abrange todas as relações em que nos achamos com nossos semelhantes inferiores, iguais ou superiores. Benevolência, que se exprime na boa vontade, e na disposição de praticar o bem; Indulgência é a misericórdia com as imperfeições alheias; e o perdão, que é a desculpa de todas faltas alheias.

O Amor é maior que a Fé
O Apóstolo Paulo destaca o valor da caridade quando diz: "Agora, portanto, permanecem a fé, a esperança e a caridade, essas três coisas,
a maior delas, porém, é a caridade".

Ele coloca a caridade como a
virtude mais importante, acima da fé. Todos podem praticá-la, pobres ou ricos, sábios ou ignorantes, praticantes de qualquer crença religiosa. A caridade é o amor em ação. Dizer que ama não basta, é preciso trabalhar. Não é o que você fala, é o que você faz.

A Salvação é pelas Obras
Mais quais são essas obras? A caridade! Que Jesus cansou de ensinar. A salvação é individual, e não coletiva, 
“cada um segundo suas obras”. 

Como disse Emmanuel “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é libertação de compromisso; é regularização de débitos.

E, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não seremos salvos do resgate das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade. 

Quando fizermos da caridade a nossa lei, e da solidariedade nossa norma de conduta, nos converteremos em agentes do bem na Terra, a mesma luz que acendermos para os outros, purificará a nossa alma. “A caridade cobre  multidão de pecados”, I Pd, 4:8. 

Significa que todo o bem que estendermos ao próximo diminuiremos um pouco a multidão de erros que cometemos no passado e no presente. Só assim seremos salvos, livres de resgates, muitas vezes dolorosos, aflitivos através das reencarnações. Reencarnaremos quantas vezes for preciso até que paguemos o último centavo de nossos débitos com a Lei Divina. 

**

Em “A Religião dos Espíritos”, Emmanuel ensina: “O obreiro do Senhor, encarnado ou desencarnado, em qualquer senda de educação e em qualquer campo religioso, segue a frente, ajudando e compreendendo, perdoando e servindo, para cumprir-lhe em tudo, sua sacrossanta vontade”.

Salvação significa a conquista do Reino de Deus em si mesmo, estando com a consciência tranquila, em paz consigo mesmo, alinhado com as Leis Divinas em qualquer lugar que se vá. 

A sensação do dever cumprido! O reino de Deus nunca foi externo, e sim interno. E aquele que não praticou o bem, não perdoou, foi implacável com os erros alheiros... Atrairá para dentro de si o inferno, que nada mais é do que a colheita de suas más ações.

**

CAPÍTULO XV
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Allan Kardec

De que precisa o Espírito para se salvar? 
Parábola do bom samaritano.
1. Ora, quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os anjos, sentar-se-á no trono de sua glória; — reunidas diante dele todas as nações, separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas — e colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.

Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; — porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; — estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver.

Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? — Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? 

— E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? — O Rei lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes. E esses irão para o suplício "eterno", e os justos para a vida eterna. (Mateus, 25:31 a 46). "Justiça diante diante de Deus, como acabamos de ler, é: 

"FAZER E SENTIR"

No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. 

Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das ideias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. 

Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma ideia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.

Naquele julgamento supremo, quais os considerados da sentença? Sobre que se baseia o libelo?
Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada

e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outro? 

Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única

Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação"
 
Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” 

E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro”, isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. 

Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: 

"FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO".

Exercício Pratico
Para fazer, isto é, praticar a caridade é preciso sentir amor e compaixão para com o próximo. Mas alguém pode dizer: Não sinto vontade de servir, e nem de ajudar os outros. Tudo tem um começo. 

Faça! Comece ajudando com aquilo que você tem, dentro de suas possibilidades, vá praticando, e peça a Deus para sentir ESSE AMOR. Será como "passe de mágica", um sentimento irresistível de amor, que é o combustível do Universo, virá sobre você, e você se surpreenderá que isso é FELICIDADE. Apenas comece! Mas lembre-se: Faça o melhor, jamais faça de qualquer jeito.

Resumo
Muitas correntes religiosas com suas teologias, complicam a simplicidade dos ensinamentos de Jesus Cristo. Não há nas palavras do mestre salvação pela graça ou pela fé, e sim pela PRÁTICA DA CARIDADE, logo pode-se pertencer a qualquer grupo religioso, ou mesmo ser ateu, se a pratica do bem não for executada não haverá salvação. 

Paulo ainda acrescenta: Mesmo que der meus bens aos pobres se não tiver amor, nada serei, I Cor 13:3. É bem mais profundo que levar alimentos ou roupas aos necessitados. É PRECISO SENTIR!

É AMAR A CARIDADE! É preciso sentir amor pelo próximo, queimar o coração, amar o servir. Ser grato pela OPORTUNIDADE de poder servir ao próximo. Servir ao próximo é ser um serviçal da Luz. 

O ateu pode não crer em nada, mas pode amar o próximo, e praticar a caridade, mesmo sem saber esta amando a Deus, e estará a direita do mestre no grande dia. 

Os bodes que só ficaram no "crer" que a salvação é pela graça, e que a morte do Cristo "justificou" e "pagou o preço de todos os seus pecados", irão a esquerda do Cristo pois foram religiosos implacáveis, que não aprenderam a servir com amor; e nem respeitaram a liberdade religiosa dos outros. Ao invés de amar, julgaram e condenaram.


Namastê Laroyê

12.8.23

AURA - CAMPO ENERGÉTICO

Algumas pessoas podem confundir Aura, Duplo Etérico e Corpo Astral (Períspirito), vejamos abaixo o que significam.

Duplo Etérico 
É uma duplicata energética do corpo físico, e é o intermediário ou a ponte de ligação entre o corpo astral e o corpo denso. É por intermédio dele que o homem experimenta sensações

O Duplo Etérico tem outra função importantíssima, que é a distribuição de energia vital, o ‘prana’ (gerado dentro dos Chakras, os 7 centros de energia distribuídos ao longo da coluna vertebral), para o corpo denso do homem. É também por meio do duplo etérico que ocorre os fenômenos das incorporações, das materializações e dos efeitos físicos. 

Todos os efeitos da mediunidade são possíveis por meio do duplo etérico. Sua ação é puramente intermediária, afora a distribuição do prana. O duplo etérico é o mediador, ou elo plástico entre o corpo de carne e o astral. 

O duplo etérico forma-se com a encarnação do Espírito e não possui existência própria como o Períspirito, desintegrando-se após a morte física. Fonte: "Umbanda essa desconhecida" – Roger Feraudy

Períspirito ou Corpo Astral
O Períspirito é o invólucro fluídico (semimaterial) que serve de veículo de manifestação do Espírito no plano espiritual, constituído de fluidos próprios do mundo em que estagia. 

Desencarnando a criatura, o seu corpo físico sofre a decomposição natural do corpo, e o Espírito passa a se manifestar com o Corpo Astral, sobrevivendo à morte do corpo denso.

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O que é Aura
Aura é um campo de energia, são irradiações energéticas emanadas dos seres vivos. A aura humana, psicosfera ou fotosfera psíquica (termos trazidos pelo Espírito André Luiz), é um campo resultante de emanações de natureza eletromagnética, a envolver todo o ser humano, encarnado ou desencarnado. 

Reflete, não só sua realidade evolutiva, seu padrão psíquico, como sua situação emocional e o estado físico (se encarnado) no momento.

Como Limpar o Campo Áurico
  1. Banho em água corrente (riacho limpo, cachoeira ou mar);
  2. Praticas espirituais como Yoga;
  3. Tomando passes em Centros Espíritas;
  4. Criar uma egrégora de luz (Sendo um serviçal da luz). O que você esta fazendo de bom pelos outros? Quem pratica caridade serve a Luz;
  5. Vibrar no amor, na paz e na gratidão;
  6. Muita atenção nos relacionamentos sexuais com pessoas com energias ruins. A descarga de energia no ato sexual arrebenta todo o campo áurico. Fazer sexo com uma pessoa com energia densa polui a aura, pois a energia sexual é muito poderosa.
  7. Você atrai aquilo quer você vibra. É a lei da atração. É preciso mudar a vibração para atrair coisas boas.
  8. Esses são apenas alguns exemplos, existem outros.

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Em "Evolução em dois Mundos", o Espírito André Luiz nos ensina o seguinte:
“[...] Todos os seres vivos [...], dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um halo (campo) energético que lhes corresponde à natureza. 

No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido duplo etérico

O Duplo Etérico é, pois, um corpo fluídico, que se apresenta como uma duplicata energética do indivíduo, interpenetrando o seu corpo físico, ao mesmo tempo em que parece dele emergir.

O Duplo Etérico emite, continuamente, uma
emanação energética que se apresenta em forma de raias ou estrias que partem de toda a sua superfície [...]. Ao conjunto dessas raias é que, geralmente, se denomina Aura interna ou Psicosfera.

O campo energético (Aura), que nos envolve, possui cores que variam conforme o estado emocional ou mental de cada pessoa. As cores mais claras correspondem a pensamentos positivos. As cores e tonalidades mais escuras são comuns aos Espíritos mais densos, tanto encarnados, como desencarnados.

Nos seres vivos primitivos e simples, o campo energético por eles irradiado decorre das atividades físicas que executam, além das emoções rudimentares e manifestações dos seus instintos. 

Seres unicelulares como as bactérias já manifestam essa irradiação. Em nós, seres humanos, essas irradiações são enriquecidas pela atividade mental, ou seja, pelas irradiações das emoções e dos pensamentos. 

Este campo energético reflete o grau evolutivo de cada Espírito. As irradiações que produzimos além de se exteriorizar, elas interpenetram o corpo físico, demonstrando assim, como somos um conjunto de várias dimensões que interagem sempre e ininterruptamente.

A Aura humana pode ser percebida e analisada por médiuns videntes, ou por espíritos desencarnados que tenham desenvolvido esta capacidade. A nossa Aura não é estática, há um dinamismo constante. 

As energias extrafísicas estão em contínuo movimento e captando e emitindo a todo instante. Deste modo, quando as energias provindas de um pensamento equilibrado ou não de um indivíduo, seja encarnado ou desencarnado, interagem com a nossa Aura, e pode haver uma absorção por ressonância.

Sentimentos de empatia ou de repulsa a outrem são, frequentemente, decorrentes de percepções inconscientes de emanações energéticas da Aura da pessoa. 

A falta de afinidade entre os campos energéticos das pessoas costuma gerar diversas dificuldades ou incômodos, enquanto a similitude de vibrações gera um fluxo agradável de energias.

Espíritos superiores pelo comando do corpo mental alteram temporariamente sua Aura deixando-a mais densa para adentrar em locais trevosos para melhor executarem seus trabalhos nesses ambientes. Ao tornarem mais densa ou menos sutil sua Aura, evitam serem reconhecidos como tais.

Todas as criaturas vivem cercadas pelo Duplo Etérico das energias que lhes vibram no âmago do ser, e esse campo é constituído por partículas de força a se irradiarem por todos os lados

impressionando-nos o olfato, de modo agradável ou desagradável, segundo a natureza do indivíduo que as irradia. Assim sendo, qual ocorre na própria Terra, cada entidade aqui se caracteriza por exalação peculiar.

(...) Revestimento temporário, imprescindível à encarnação e à reencarnação, é tanto mais denso ou sutil, quanto evoluído seja o Espírito que dele se utiliza. 

Também considerado corpo astral, exterioriza-se através e além do envoltório carnal, irradiando-se como energia específica ou Aura. Joanna de Ângelis.

Allan Kardec publicou na Revista Espírita de 1862, “Estudo sobre os possessos de Morzine” (...) Sabemos que os Espíritos estão revestidos de um envoltório vaporoso, formando neles um verdadeiro corpo fluídico, ao qual damos o nome de Períspirito, cujos elementos são hauridos no Fluido Cósmico, princípio de todas as coisas. 

Quando o Espírito se une ao corpo, nele existe com seu Períspirito, que serve de laço entre o Espírito e a matéria corpórea; é o intermediário das sensações percebidas pelo Espírito.

Mas esse Perispírito não está confinado no corpo como dentro de uma caixa; pela sua natureza fluídica, irradia ao redor e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera como o vapor que dele se libera. 

Mas o vapor que se libera de um corpo malsão é igualmente malsão, acre e nauseabundo, o que infecta o ar dos lugares onde se reúnem muitas pessoas malsãs. 

Do mesmo modo que esse vapor está impregnado das qualidades do corpo, o perispírito está impregnado das qualidades, quer dizer, do pensamento do Espírito, e faz irradiar (Aura), essas qualidades em torno do corpo. As irradiações emanadas do Corpo Astral é o que se chama de Aura.

Em A Gênese, cap. XIV - Allan Kardec confirmou novamente a existência de uma irradiação, que nada mais é do que a conhecida Aura 

– Os Fluidos, no item 17, se lê: […] Encarnado, o Espírito conserva seu Períspirito com as qualidades que lhe são próprias e este, como se sabe, não está circunscrito pelo corpo, mas irradia ao seu redor e o envolve, como uma atmosfera fluídica.

A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências direta e capital para os encarnados. Desde o momento em que esses fluidos são o veículo do pensamento, e que o pensamento pode modificar lhes as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os põem em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos. 

Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.

Segundo os pensamentos que dominam num encarnado, ele irradia raios impregnados desses mesmos pensamentos que os viciam ou os saneiam, fluidos realmente materiais, embora impalpáveis

invisíveis para os olhos do corpo, mas perceptíveis para os sentidos perispirituais, uma vez que impressionam fisicamente e tomam aparências muito diferentes para aqueles que estão dotados de visão espiritual (videntes).

O que significa as cores da Aura
A Aura retrata a expressão do pensamento. E essa expressão se traduz em forma, na intensidade e na coloração. 
Pela maneira que a Aura se mostra, com os seus múltiplos aspectos e combinações de cores, já foi motivo de estudos pelos antigos que traduziam na cor escura para o negro, a presenta do ódio e maldade; 

no castanho e suas nuanças, avareza, ciúme e egoísmo; no vermelho, a ira ao lado da sensualidade; no cinzento, não só o medo, mas, também, o abatimento e a depressão; 

no rosa estaria a dedicação e o amor; no violeta, o altruísmo com espiritualidade dilatada; e no amarelo, a intelectualidade.

Essas cores se apresentam misturadas, mescladas umas com as outras. Nossos pensamentos e sentimentos se alternam a cada instante. Na leitura da aura, portanto, ficará evidente a emoção cuja correspondente cor for a de maior predominância no momento.

A Aura é uma emanação sutil, invisível aos olhos, que cria uma atmosfera em torno do ser. Tudo no Universo vibra, tudo tem a sua vibração peculiar, os minerais, animais, os seres humanos e os seres angélicos possuem esse campo magnético. A Aura tem a forma oval, e é o retrato exato e fiel do que somos, sem nenhuma máscara.


Namastê Laroyê

SANANDA - OS HIPÓCRITAS QUE LUTAM CONTRA DEUS

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