O ABORTO

Temos apenas duas maneiras de observar e entender a questão do aborto: A ótica material, e a ótica Espiritual. Vamos esmiuçar primeiro a ótica material. 

O aborto na maioria dos países do mundo não é legalizado. O que forçosamente faz com que a mãe busque no mercado clandestino o procedimento, colocando em risco sua própria saúde.

Motivação pro aborto na visão materialista:

    • Condição financeira;
    • Menor de idade;
    • Estupro;
    • Falta de planejamento familiar;
    • Entre outros.

Obviamente o estupro é a principal razão que motiva muitas mulheres a realizar o aborto, e esse aparentemente parece ser um motivo justo. A final de contas lembrar de uma violência sexual por nove meses não é nada fácil. A realização do aborto é um ato criminoso qualquer que seja o motivo, e apenas um não gera carma. Continue a leitura...

Na Visão Espiritual
A questão do aborto quando entendida espiritualmente tudo se encaixa e faz sentido, não adianta. É certo que 99% das religiões são contra o aborto, até nos casos de estupro. 

Mas como as religiões não levam em conta a pluralidade das existências e só consideram uma existência apenas, seu discurso “contra o aborto” soa hipócrita e moralista. O Espiritismo destrincha como ninguém com riqueza de detalhes as consequências do aborto na esfera espiritual.

**

    
No Livro dos Espíritos temos a seguintes informações que os Espíritos Superiores deram a Allan Kardec sobre o aborto:

Questão 357. Que consequências tem para o Espírito o aborto?
“É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar.”

Questão 358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? 

“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”

Questão 359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
“Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.” 

"Só nesse caso não gera Carma"

Aborto Delituoso

Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier. Do livro: "Religião dos Espíritos"; disse o seguinte:

 
Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião. Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais… Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância… 

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinquência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão. 

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da natureza… 

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação. 

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz. 

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

**

No livro Vida e Sexo, psicografado por Chico Xavier  através do Espírito Emmanuel, o capítulo 17 é dedicado a uma discussão sobre o aborto.

… De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida… 

Com semelhantes notas, objetivamos tão só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever. 

Habitualmente  nunca sempre, somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos. 

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria. 

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. 

Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais. 

Fazem-se hoje e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação. 

Admitimos que seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.

Planejamento e Dívida Cármica 
Antes de reencarnar, o Espírito planeja, em companhia de supervisores, a jornada e as características de sua vida futura. 

A reencarnação é o principal elemento no processo de evolução espiritual do Ser; colocando em prática toda uma estrutura da Providência Divina de modo a garantir ao Ser a possibilidade de pagar dívidas cármicas contraídas em vidas anteriores, além de buscar soluções com outros Espíritos prestes a reencarnar na mesma época, com os quais ele tenha um histórico de afinidade ou conflito. 

Então, uma reencarnação pode ser arranjada e planejada por equipes responsáveis, para que inimigos mortais retornem numa mesma família visando que o perdão e a reconciliação possa surgir daquela relação conflitosa. 

Por outro lado, Espíritos com um histórico de amor e amizade que atravessaram uma grande quantidade de vidas anteriores, podem receber missões conjuntas para que possam, dessa forma, amplificar sua evolução. 

Estupro e Vingança
A ligação espiritual entre alma e corpo ocorre logo quando o óvulo é fecundado, havendo grande imbricação entre processos genéticos e espirituais no desenvolvimento celular que levará à formação do feto. 

O aborto é, antes de tudo, um ato de ignorância e falta de informações espirituais do Ser encarnado de pensar além de sua experiência imediata. 

Mesmo quando não se trata de Espíritos que tenham de realizar algum acerto de contas, a programação espiritual define missões, provações e pagamentos de dívidas. 

Quando um aborto é realizado, (mesmo em casos de estupro e violência sexual), uma vez que, ao negar a vida àquele Espírito que havia se preparado para reencarnar naquela família em específico, se dá a rejeição da oportunidade de evolução oferecida pelo nascimento. 

O aborto na perspectiva espiritual automaticamente passa a ser visto como um crime de extrema seriedade. É importante entender que não se trata apenas de um crime contra a carne de um indivíduo, mas contra uma ordem espiritual estabelecida, que está acima do Espírito encarnado. 

Ao atentar contra essa ordem, o Espírito compromete seu próprio potencial evolutivo contraindo dívida cármica, e atrapalhando a oportunidade de outro Espírito solucionar suas questões na nova encarnação. A culpa e a responsabilidade se estende pra quem ajudou a realizar o aborto.

Dentro da ótica espiritual o melhor a se fazer é ter o bebê, e doar pra adoção, caso não possa cuidar, ou no caso de violência sexual a mãe não tenha amor suficiente ou estrutura emocional. 

Tomando essa decisão evita-se problemas de ordem espiritual. Dependendo do grau de evolução do espírito candidato a nova encarnação, ele pode causar males e sofrimentos muito mais sérios que se houvesse, de fato, encarnado como, por exemplo, um “filho-problema” ou doado pra adoção. 

Há um grande risco de obsessão nesses casos, isto é, o Espírito cuja existência física foi negada passa a causar influências negativas na vida física e espiritual dos responsáveis.

O espiritismo e outras religiões propõe que a vida se inicia logo no momento da fecundação, dado que é neste instante que o Espírito é vinculado ao material genético que dará origem a seu corpo físico. 

No Livro dos Espíritos Allan Kardec é respondido por um Espírito que especifica que “o feto não tem, a bem dizer, uma alma, visto que a encarnação está apenas em via de operar-se. 

"Acha-se, no entanto, ligado à alma que virá a possuir.” 

O corpo sem alma é apenas um pedaço de carne. Quem anima e dá vida ao corpo é o Espírito. Quando o Espírito se retira, o corpo morre. 

Entende-se que existe um planejamento e o Espírito é autorizado a “ligar-se” desde o embrião ao feto, que irá lhe servir de corpo para a experiência na carne. 

Concluímos que a vida começa na concepção por causa do processo biológico que se dá em 9 meses, e o Espírito ciente e autorizado previamente onde reencarnará, tem autorização para acompanhar o processo de gestação, e vincula-se desde a concepção. 

"Mas o Espírito só anima o corpo do bebê quando este sai da madre". 

Conclusão
Numa visão materialista é fácil tirar conclusões baseado em traumas emocionais, que nos casos de estupro violentos deve-se praticar o aborto e pronto.

Mas numa ótica espiritual deve-se sim ter o bebê, a garantir ao Espírito o direito de encarnar dado pela Providencia Divina. As consequências cármicas para qualquer que seja a motivação do aborto são gigantescas, e é crime contra o direto à vida dado pelo Criador. 

O carma gerado são para a mãe, e para quem ajudou a realizar o aborto. O único aborto que não acarreta consequências cármicas é quando à risco a vida mãe, somente esse.

Segue o vídeo do Canal Espiritismo Raiz com o servo de Deus Pedro Augusto. Muito esclarecedor! Bom estudo!

Namastê / Laroyê

★ACESSE TODOS OS ESTUDOS★