Mas através do fenômeno da mediunidade podemos ter acesso a informações valiosas do plano espiritual para a edificação da nossa fé no Cristo.
A Desencarnação de Maria de Nazaré
Maria de Nazaré, foi escolhida por Deus para ser a mãe terrena de Jesus, que é o governador Espiritual da Terra, o Cristo de Deus. No livro "Boa Nova", pelo Espírito Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier temos a narração do seu desenlace, e o primeiro desejo de Maria após deixar o corpo físico, que foi rever a Galileia com os seus sítios preferidos.
Neste instante lembrou dos discípulos de Jesus que eram já a este tempo perseguidos pela maldade humana, e desejou fortalecendo-os em suas lutas.
Em Espírito se viu em Roma onde nos cárceres do esquilino centenas de seguidores de Seu Filho sofriam terríveis padecimentos. Narra Humberto de Campos que imediatamente os condenados experimentaram no coração um consolo desconhecido.
(...) Maria se aproximou de um a um, participou de suas angústias e orou com as suas preces, cheias de sofrimento e confiança. Sentiu-se mãe daquela assembleia de torturados pela injustiça do mundo. Espalhou a claridade misericordiosa de seu Espírito entre aquelas fisionomias pálidas e tristes.
Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir, sinceramente desejou deixar-lhes nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar? Deveria suplicar a Deus para eles a liberdade?
Mas, Jesus ensinara que com ele todo jugo é suave e todo fardo seria leve, parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus do que a falsa liberdade nos desvãos do mundo.
Recordou que seu filho deixara a força da oração como um poder incontrastável entre os discípulos amados. Então, rogou ao Céu que lhe desse a possibilidade de deixar entre os cristãos oprimidos a força da alegria. Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento (pálida), lhe disse ao ouvido:
— “Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!… Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu!…”💓 A triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração.
De olhos extáticos, contemplando o firmamento luminoso, através das grades poderosas, ignorando a razão de sua alegria, cantou um hino de profundo e enternecido amor a Jesus, em que traduzia sua gratidão pelas dores que lhe eram enviadas,
transformando todas as suas amarguras em consoladoras rimas de júbilo e esperança. Daí a instantes, seu canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no cárcere, aguardando o glorioso testemunho.
(...) Logo, a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as mulheres e, desde esse dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm cantado na Terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave herança de nossa Mãe Santíssima.
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Judas Iscariotes foi Aitofel e Joanna D’ArcNão existem pecados sem remissão, e Judas, assim como todos nós, teve a oportunidade de resgatar seus débitos ao longo das reencarnações.
a médium Yvonne Pereira do Amaral no livro "Encontros com Jesus", cita que Jesus estava ciente da fraqueza moral de Judas quando ainda se encontrava na Galileia.
Em encarnação anterior, Judas havia sido Aitofel, conselheiro do rei Davi. Apoiou a revolta de Absalão, que ambicionava o trono preterido por Salomão.
Durante a batalha contra as forças do rei, Absalão morreu e Aitofel, temendo as consequências de sua traição, suicidou-se. Portanto, Judas trazia em sua alma a tendência suicida resultado de sua imprevidência pretérita e recalcitrou no mesmo erro.
Assim, além do ressarcimento perante as leis divinas, necessitou de várias encarnações, de modo a reparar os danos causados em seu corpo astral.
Após conseguir se restabelecer, Judas aceitou a missão de reencarnar na Terra na vestimenta física de Joanna D’Arc, na França, durante o período da Guerra dos 100 Anos. Viria como médium, para através de sua mediunidade ser orientada pelas vozes espirituais e coordenar a luta dos franceses contra os invasores ingleses, evitando dissolução o território francês.
Embora tenha tido sucesso em sua tarefa, foi capturada pelos ingleses, julgada por bruxaria e condenada à morte na fogueira pelo bispo francês, Pierre Cauchonpor, em 1431, aos 19 anos.
Judas Iscariotes, na entrevista concedida ao Espírito Humberto de Campos, revelou que sua última reencarnação na Terra foi a da conhecida heroína francesa Joana D'arc. Essa mensagem reveladora foi publicada no livro "Crônicas de Além-Túmulo", psicografada por Chico Xavier.
A respeito de Joana D’arc, foi perguntado por que ela fez a guerra e foi considerada santa? Chico Xavier então respondeu pelo seu guia espiritual Emmanuel, que naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta
estavam selecionando os "gens" que viriam a servir na formação do corpo da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo Francês.
Era preciso cuidado para que os corpos pudessem suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joana D'Arc foi convocada para que impedisse a invasão,
a fim de que se preservassem as sementes para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século XIX, que preparou, no mundo, a organização da era tecnológica que estamos vivendo no século XX.
Portanto se a França fosse invadida pelos ingleses ocorreria o atraso de um século na formação de novos casais para a reencarnação dos referidos “gênios”. Ora, esse atraso redundaria no retardamento do nível cultural da França, nível esse que seria necessário para o surgimento da Doutrina Espírita.
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Jesus faz último pedido antes da Morte do Corpo
Revelações de confiança só são possíveis através da mediunidade pura e uma delas sem dúvida, é a de Chico Xavier. A respeito da vida de Jesus, as informações param no Novo Testamento, porém, pela mediunidade do médium abençoado, temos notícias de fatos vividos por Jesus, além dos registros evangélicos.
A presença de Espíritos Angélicos
No livro "Estante da Vida" de Humberto de Campos (Irmão X), no capítulo 34 é narrado que enquanto o Mestre agonizava na cruz, rasgava-se o céu em Jerusalém e entidades angélicas, em grupos extensos, desciam sobre o Calvário doloroso...
Na poeira escura do chão, a maldade e a ignorância expeliam trevas demasiadamente compactas para que alguém pudesse divisar as manifestações sublimes. Fios de claridade indefinível passaram a ligar o madeiro ao firmamento, embora a tempestade se anunciasse à distância...
O Cristo, de alma sedenta e opressa, contemplava a celeste paisagem, aureolado pela glória que lhe bafejava a fronte de herói, e os emissários do paraíso chegavam, em bandos, a entoarem cânticos de amor e reconhecimento que os tímpanos humanos jamais poderiam perceber.
Os anjos da ternura rodearam-lhe o peito ferido, como a lhe insuflarem energias novas. Os portadores da consolação ungiram-lhe os pés sangrentos com suave bálsamo.
Os embaixadores da harmonia, sobraçando instrumentos delicados, formaram coroa viva, ao redor de sua atribulada cabeça, desferindo comovedoras melodias a se espalharem por bênçãos de perdão sobre a turba amotinada.
A Entidade de Luz que ouviu o último pedido de Jesus Cristo
Trabalhavam os mensageiros do Céu, em tomo do Sublime Condutor dos homens, aliviando-o e exaltando-o, como a lhe prepararem o banquete da ressurreição, quando um Anjo aureolado de intraduzível esplendor apareceu, sozinho, descendo do império magnificente da Altura.
Não trazia seguidores e, abeirando-se do Cristo, beijou-lhe os pés, entre respeitoso e enternecido. Não se deteve na ociosa contemplação da tarefa, que naturalmente cabia aos companheiros, mas procurou os olhos de Jesus, dentro de uma ansiedade que não se observara em nenhum dos outros.
Dir-se-ia que o novo representante do Pai Compassivo desejava conhecer a vontade do Mestre, antes de tudo. E, em êxtase, elevou-se do solo em que pousara, aos braços do madeiro afrontoso.
Enlaçou o busto do Inesquecível Supliciado, com inexcedível carinho, e colou, por um instante, o ouvido atento em seus lábios que balbuciavam de leve. Jesus pronunciou algo que os demais não escutaram distintamente.
O mensageiro solitário desprendeu-se, então, do lenho duro, revelando olhos serenos e úmidos, e de imediato, desceu do monte ensolarado para as sombras que começavam a invadir Jerusalém, procurando Judas, a fim de socorrê-lo e ampará-lo.
Se os homens não lhe viram a expressão de grandeza e misericórdia, os querubins em serviço também não lhe notaram a ausência. Mas suspenso no martírio, Jesus contemplava-o, confiante, acompanhando-lhe a excelsa missão, em silêncio.
"Esse era o anjo Divino da CARIDADE".
As últimas palavras de Jesus na cruz não foram "Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem", mas sim as palavras balbuciadas ao ouvido do "Anjo Solitário" para socorrer o amargurado Espírito de Judas.
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Judas foi Enganado
A prova de que Judas Iscariotes não queria trair Jesus está no fato de que ele, ao receber do Sinédrio as 30 moedas de prata para entregar Jesus, não esperava receber o fel da amarga desilusão, ao ver o Cristo duramente torturado.
Ao perceber a traição dos fariseus, pois não era isso que desejava para o seu Mestre, ele de imediato foi devolver as moedas recebidas para desfazer o acordo infeliz.
Considerar Judas Iscariotes um traidor é um erro, pois se ele de fato tivesse traído conscientemente a Jesus, por que em seguida teria ele entrado em remorso e arrependimento a ponto de tentar desfazer o acordo com os doutores da lei e, em seguida, cometer o suicídio?
No entanto, Jesus, após a sua desencarnação cheio de compaixão, foi ao encontro do Espírito enlouquecido de Judas, permanecendo três dias ao seu lado até que ele adormecesse, segundo a revelação do Espírito Maria Dolores, no livro "Coração e Vida", psicografado por Chico Xavier. Só depois desse gesto de amor e de perdão é que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, João 20:11.
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Maria de Nazaré desce nas sombras por Judas
Do livro “Momentos de Ouro”, pelo Espírito Maria Dolores, psicografado por Francisco Candido Xavier temos o emocionante relato:
RETRATO DE MÃE
Depois de muito tempo,
Sobre os quadros sombrios do Calvário,
Judas, cego no Além, errava solitário…
Era triste a paisagem,
O céu era nevoento…
Cansado de remorso e sofrimento,
Sentara-se a chorar…
Nisso, nobre mulher de Planos superiores,
Nimbada de celestes esplendores,
Que ele não conseguia divisar,
Chega e afaga a cabeça do infeliz.
Em seguida, num tom de carinho profundo,
Quase que, em oração, ela lhe diz:
— Meu filho, por que choras?
Acaso, não sabeis? — replica o interpelado,
Claramente agressivo,
Sou um morto e estou vivo.
Matei-me e novamente estou de pé,
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé…
Não ouvistes falar em Judas, o traidor?
Sou eu que aniquilei a vida do Senhor…
A princípio, julguei
Poder faze-lo rei,
Mas apenas lhe impus
Sacrifício, martírio, sangue e cruz.
E em flagelo e aflição
Eis a que a minha vida agora se reduz…
Afastai-vos de mim,
Deixai-me padecer neste inferno sem fim…
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,
Nada sabeis da mágoa que me agita,
Nunca penetrareis minha dor infinita…
O assunto que lastimo é unicamente meu…
No entanto, a dama calma respondeu:
— Meu filho, sei que sofres, sei que lutas,
Sei a dor que te causa o remorso que escutas,
Venho apenas falar-te
Que Deus é sempre amor em toda parte...
E acrescentou serena:
— A Bondade do Céu jamais condena;
Venho por mãe a ti, buscando um filho amado.
Sofre com paciência a dor e a prova;
Terás, em breve, uma existência nova…
Não te sintas sozinho ou desprezado.
Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo:
— Mãe? Não me venhais aqui com mentira e sarcasmo.
Depois de me enforcar num galho de figueira,
Para acordar na dor,
Sem mais poder fugir à vida verdadeira,
Fui procurar consolo e força de viver
Ao pé da pobre mãe que me forjara o ser!…
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos,
Mas teve medo de meus sofrimentos.
Expulsou-me a esconjuros,
Chamou-me monstro, por sinal,
Disse que eu era
Unicamente o Espírito do mal;
Intimou-me a terrível retrocesso,
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal, de onde, por certo, eu vinha…
Ah! detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha…
Não me faleis de mães, não me faleis de amor,
Sou apenas um monstro sofredor…
— Inda assim — disse a dama docemente —
Por mais que me recuses, não me altero;
Amo-te, filho meu, amo-te e quero
Ver-te, de novo, a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação…
Virás comigo à Terra,
Perderás, pouco a pouco, o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento.
Numa nova existência de esperança,
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo,
Dar-te-ei outra mãe! Pensa e descansa!…
E Judas, nesse instante,
Como quem olvidasse a própria dor gigante
Ou como quem se desagarra
De pesadelo atroz,
Perguntou: — quem sois vós?
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois divina mulher, irradiando amor
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?
No entanto, ela a fitá-lo, frente a frente,
Respondeu simplesmente:
—Meu filho, eu sou Maria, sou a mãe de Jesus.
Hospital Astral "Legião dos Servos de Maria"
O Espírito, Maria de Nazaré, um ser extremamente evoluído, a grande mãe, acolhedora dos suicidas, desenvolve um trabalho grandioso por esses espíritos sofredores.
Na dimensão espiritual conta com o Hospital Maria de Nazaré. Na obra "Memorias de um suicida", psicografada pela médium Yvonne do Amaral Pereira, é relatado que este Hospital é especializado no tratamento de suicidas.
Ao chegarem, precisam de cuidados imediatos para com seus corpos espirituais, pois devido a prática do suicídio, feriram a si mesmos de forma muito grave.
Trata-se de um hospital muito bem equipado, e que conta com muitos trabalhadores devotados que auxiliam esses irmãos sem esperança, tristes, e que nada os alegra. Maria de Nazaré os recebe com toda sua misericórdia e amor materno.
Os tratamentos são diversos tais como: Sondagens de luz, banhos de propriedades magnéticas, bálsamos requintados, intervenções de substâncias luminosas extraídas dos raios solares, são alguns tratamentos em que os suicidas recebem assim que chegam ao Hospital Maria de Nazaré para que recebam auxilio nas regiões afetadas e lesionadas do Perispírito. E assim novas reencarnações reparadoras são programadas com amor infinito dessa GRANDE MÃE!
Namastê / Laroyê