Mas muito antes de Allan Kardec codificar a doutrina espírita, outras frentes espiritualistas aceitavam o fenômeno da reencarnação. Temos informações na Bíblia. Jeremias profetizou: “Antes que eu te formasse no ventre materno, já te conhecia, e antes que saísses do ventre da madre, te consagrei e te constituí profeta”; Jr 1:5.
Se Deus já conhecia Jeremias antes dele nascer, logo o Espírito é pré-existente ao corpo de carne e osso. Jeremias iria reencarnar e sua missão foi planejada antes do nascimento.
Jesus reforça a pré existência do Espírito antes da encarnação: “Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou” Jo 8:58.
O Espírito do Cristo já existia antes da formação de seu corpo biológico no ventre de Maria, o Espírito do Cristo não foi gerado no mesmo instante da concepção do corpo de carne, ele já existia.
Jesus disse: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo; Jo 1. Perguntou Nicodemos: Como alguém pode nascer de novo, sendo velho? Respondeu Jesus:
Jesus disse: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo; Jo 1. Perguntou Nicodemos: Como alguém pode nascer de novo, sendo velho? Respondeu Jesus:
Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é Espírito. (2 TIPOS DE NASCIMENTO DISTINTOS).
Jesus continua: O vento (Deus) sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito.
Nascer da água é a encarnação, e nascer do Espírito é ser gerado por Deus, ninguém sabe como se deu. Mas os Espíritos, eu e você, somos gerados pelo Pai no mundo espiritual.
A união da alma ao corpo começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Antes do nascimento a criança só tem vida orgânica sem alma.
A união da alma ao corpo começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Antes do nascimento a criança só tem vida orgânica sem alma.
Ela vive como as plantas, vida animal, tendo apenas o instinto cego de conservação, comum em todos os seres vivos. Mesmo que o processo tenha início pelos "laços fluídicos" do Perispírito do reencarnante, a reencarnação só é finalizada com o nascimento. O Espírito acompanha toda a gestação, dependendo de seu grau evolutivo.
O Espírito mesmo ligado pelos "laços fluídicos", que se dá aos poucos, ainda se encontra na erraticidade, isto é, no mundo espiritual. O “acoplamento completo”, do Espírito a seu corpo físico só termina quando do nascimento.
Na obra "O Que é o Espiritismo" a partir da 3ª edição, publicada em setembro de 1862, a informação é registrada:
Como e em que momento se opera a união da alma ao corpo?
Desde a concepção, o Espírito, ainda que errante (Ainda no Mundo Espiritual), está, por um cordão fluídico, preso ao corpo com o qual se deve unir. Este laço se estreita cada vez mais, à medida que o corpo se vai desenvolvendo.
Desde esse momento, o Espírito sente uma perturbação que cresce sempre; ao aproximar-se do nascimento, ocasião em que ela se torna completa, o Espírito perde a consciência de si e não recobra as ideias senão gradualmente, a partir do momento em que a criança começa a respirar; a união então é completa e definitiva.
Desfazendo a Contradição
(…) Se não se admite que a alma já tenha vivido, é absolutamente necessário que seja criada no momento da formação e para o uso de cada corpo; de onde se segue que a criação da alma por Deus estaria subordinada ao capricho do homem e na maioria das vezes é o resultado do deboche. Como!
(…) Se não se admite que a alma já tenha vivido, é absolutamente necessário que seja criada no momento da formação e para o uso de cada corpo; de onde se segue que a criação da alma por Deus estaria subordinada ao capricho do homem e na maioria das vezes é o resultado do deboche. Como!
Todas as leis religiosas e morais condenam a depravação dos costumes, e Deus se aproveitaria disto para criar almas? Perguntamos a todo homem de bom senso se é possível que Deus se contradiga a tal ponto?
Não seria glorificar o vício, desde que serviria à realização dos mais elevados desígnios do Todo-Poderoso: A criação das almas?
Que nos digam se tal não seria a consequência da formação simultânea das almas e dos corpos, e seria pior ainda se se admitisse a opinião dos que pretendem que o homem procria a alma ao mesmo tempo que o corpo. Admitam, ao contrário, a preexistência da alma, e toda contradição cessa. […] - Allan Kardec - Revista Espírita 1861
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Momento da União da Alma com o Corpo (Livro dos Espíritos)
344. Em que momento a alma se une ao corpo?
A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus.
345. A união entre o Espírito e o corpo é definitiva desde o momento da concepção? Durante esse primeiro período, o Espírito poderia renunciar a tomar o corpo que lhe foi designado?
A união é definitiva no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo; mas, como os laços que o prendem são muito frágeis, fáceis de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga.
346. Que acontece ao Espírito, se o corpo que ele escolheu morrer antes de nascer?
Escolhe outro.
346 – a) Qual pode ser a utilidade dessas mortes prematuras?
As imperfeições da matéria, na maioria das vezes, são a causa dessas mortes.
347. Que utilidade pode ter para um Espírito a sua encarnação num corpo que morre poucos dias depois de nascer?
O ser ainda não tem consciência bastante desenvolvida da sua existência; a importância da morte é quase nula; frequentemente, como já dissemos, trata-se de uma prova para os pais.
348. O Espírito sabe, com antecedência, que o corpo por ele escolhido não tem possibilidade de viver?
Sabe, algumas vezes; mas, se o escolheu por esse motivo, é que recua ante a prova.
349. Quando falha uma encarnação para o Espírito, por uma causa qualquer, é ela suprida imediatamente por outra existência?
Nem sempre imediatamente; o Espírito necessita de tempo para escolher de novo, a menos que a reencarnação instantânea decorra de uma determinação anterior.
350. O Espírito, uma vez unido ao corpo da criança, e não podendo mais retroceder, lamenta algumas vezes a escolha feita?
Queres perguntar se, como homem, ele se queixa da vida que tem? Se desejaria outra? Sim. Se lamenta a escolha feita?
A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus.
345. A união entre o Espírito e o corpo é definitiva desde o momento da concepção? Durante esse primeiro período, o Espírito poderia renunciar a tomar o corpo que lhe foi designado?
A união é definitiva no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo; mas, como os laços que o prendem são muito frágeis, fáceis de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga.
346. Que acontece ao Espírito, se o corpo que ele escolheu morrer antes de nascer?
Escolhe outro.
346 – a) Qual pode ser a utilidade dessas mortes prematuras?
As imperfeições da matéria, na maioria das vezes, são a causa dessas mortes.
347. Que utilidade pode ter para um Espírito a sua encarnação num corpo que morre poucos dias depois de nascer?
O ser ainda não tem consciência bastante desenvolvida da sua existência; a importância da morte é quase nula; frequentemente, como já dissemos, trata-se de uma prova para os pais.
348. O Espírito sabe, com antecedência, que o corpo por ele escolhido não tem possibilidade de viver?
Sabe, algumas vezes; mas, se o escolheu por esse motivo, é que recua ante a prova.
349. Quando falha uma encarnação para o Espírito, por uma causa qualquer, é ela suprida imediatamente por outra existência?
Nem sempre imediatamente; o Espírito necessita de tempo para escolher de novo, a menos que a reencarnação instantânea decorra de uma determinação anterior.
350. O Espírito, uma vez unido ao corpo da criança, e não podendo mais retroceder, lamenta algumas vezes a escolha feita?
Queres perguntar se, como homem, ele se queixa da vida que tem? Se desejaria outra? Sim. Se lamenta a escolha feita?
Não, porque não sabe que a escolheu ("esquecimento do passado"). O Espírito, uma vez encarnado, não pode lamentar uma escolha de que não tem consciência, mas pode achar muito pesada a carga. E, se a considera acima de suas forças, é então que recorre ao suicídio.
351. No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito goza de todas as suas faculdades?
Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertido, assim, de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento.
Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertido, assim, de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento.
Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos o de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo. À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida. Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito.
352. No momento do nascimento, o Espírito recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades?
Não; elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos; as ideias lhe voltam pouco a pouco, como a um homem que acorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes de dormir.
353. A união do Espírito com o corpo, não estando completa e definidamente consumada, senão depois do nascimento, pode considerar-se o feto como tendo uma alma?
O Espírito que deve animar existe, de qualquer maneira, fora dele. Propriamente falando, ele não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado à alma que deve possuir.
354. Como se explica a vida intra-uterina?
É a da planta que vegeta. A criança vive a vida animal. O homem possui em si a vida animal e a vida vegetal, que completa, ao nascer, com a vida espiritual.
355. Há, como o indica a Ciência, crianças que desde o ventre da mãe não têm possibilidades de viver? E com que fim acontece isso?
Isso acontece frequentemente, e Deus o permite como prova, seja para os pais, seja para o Espírito destinado a encarnar.
356. Há crianças natimortas que não foram destinadas à encarnação de um Espírito?
Sim, há as que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: Nada devia cumprir-se nela. É somente pelos pais que essa criança nasce.
356 – a) Um ser dessa natureza pode chegar ao tempo normal de nascimento?
Sim, algumas vezes, mas então não vive.
356 – b) Toda criança que sobrevive tem, portanto, necessariamente, um Espírito encarnado em si?
Que seria ela, sem o Espírito? Não seria um ser humano.
357. Quais são, para o Espírito, as consequências do aborto?
Uma existência nula e a recomeçar.
358. O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção?
Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe ou qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.
359. No caso em que a vida da mãe estaria em perigo pelo nascimento da criança, há crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.
360. É racional ter pelos fetos o mesmo respeito que se tem pelo corpo de uma criança que tivesse vivido?
Em tudo isto vede a vontade de Deus e a sua obra, e não trateis levianamente as coisas que deveis respeitar.
Por que não respeitar as obras da criação, que, às vezes, são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.
Namastê / Laroyê
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