14.12.25

ALEGRIA X EUFORIA

O desejo é a causa (a sede central) do sofrimento humano; Buda!

Porque o apego excessivo a coisas passageiras (como riqueza, fama, poder ou sexo) leva à frustração e à dor quando elas mudam ou se vão. 

Ou até mesmo desejar a "qualquer custo" algo que você não pode ter, pelo menos não nessa existência, pois se tivesse, seria o motivo da sua falência espiritual.

A solução não é eliminar todo o desejo (100%), mas sim compreender a natureza insatisfatória do desejo e cultivar um estado de desapego, focando em transformar a mente em vez de buscar a gratificação instantânea.

Se estamos na Terra é porque precisa! Somos chamados também para tarefas materiais, mas estamos 'internados' na carne para desenvolver dentre outros objetivos fundamentais: O desapego! 

O corpo é uma veste emprestada, e os bens materiais apodrecem com o tempo. Então porque estamos na matéria?

Resposta: Para desenvolver a Espiritualidade! 

Estamos aqui por muitos objetivos, mas esse é o principal: A iluminação!


Desejo e Sofrimento

O problema não é o desejo em si, mas o apego. O problema não está nos desejos por necessidades básicas, mas sim no desejo excessivo por coisas externas, que leva à ganância e ao agoísmo.

A impermanência: A raiz do sofrimento está em desejar coisas que são impermanentes e instáveis, o que inevitavelmente leva ao sofrimento quando essas coisas mudam ou desaparecem.

A insatisfação: O sofrimento surge da não realização dos desejos, da luta para obtê-los e da perda deles, causando angústia, ansiedade e decepção.

Desapego e controle dos sentidos: É preciso aprender a controlar os desejos que surgem através dos sentidos, como visão, audição e tato.

Muda os pensamentos: A verdadeira felicidade vem da transformação da mente, da aceitação do que não podemos controlar e do desenvolvimento de um estado mental de desapego, o que permite enfrentar desafios com mais sabedoria e tranquilidade.

Não há problema algum nas alegrias terrenas e nos bens materiais, se você as pode ter; ou tem condições de obter. Mas o problema maior é o desequilíbrio.

  1. Não pode ter? Viva sem, mas viva em paz.
  2. Perdeu? Solte, desapegue! Amanhã a vida traz de volta se você merecer.
  3. Cultive valores que não apodrecem com a carne, ou seja, cultive as virtudes do Espírito. Isso irá com você no além túmulo.

Segundo a Doutrina Espírita, a felicidade não é um estado de plena satisfação material, mas sim uma conquista mental que se desenvolve através da evolução moral do ser, das suas lutas interiores, das suas vivências, da troca de experiências, da prática da caridade e da consciência da existência da Fonte Criadora.



Alegria Emanada

• “Se pretendes auxiliar alguém, começa mostrando alegria”. 
(Emmanuel)

• “Quem cultiva o pessimismo, o desânimo, a irritabilidade assemelha se a alguém que gostasse de repousar em espinhos.”

• Todos sabemos que não estamos na carne para desfrutar prazeres e satisfação pessoal sem o menor esforço ou na irresponsabilidade, no entanto, as lutas do caminho não justificam nos apartarmos da alegria sincera, capaz de irradiar da Aura confiança para os que nos rodeiam.

• Do outro lado uma manifestação pessimista e triste induz ao sofrimento dos que nos ouvem, a alegria restaura o equilíbrio e a paz interior.

• A manifestação da verdadeira alegria não se faz estrondosamente e sim na ponderação e no equilíbrio. 

• Busquemos cultivar a alegria em nosso caminho, pois lá na frente colheremos alegria centuplicada.



Um jovem, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:

Chico, eu quero que você formule uma pergunta a Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.

Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?

Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.

O que me falta, Chico?

O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:

Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a
"alegria dos outros"! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...

👉A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.

É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a "alegria dos outros".

A alegria dos outros construirá a nossa felicidade.


Qual a diferença entre alegria e euforia?

A principal diferença é que a alegria é um sentimento interno, duradouro e estável, e essa alegria é emanada, todos ao redor sentem uma sensação de bem estar.

Enquanto a euforia é uma emoção que dura pouco, pode ser fingida, e muitas vezes é agitada e ansiosa. 


Como o Espiritismo nos Apresenta a Felicidade?

O desejo de ser feliz é inerente aos humanos e o Espiritismo auxilia nessa busca, na concretização desse objetivo, e quais são os meios eficazes de atingirmos esse estado da alma.

Allan Kardec, registrou na Revista Espírita de janeiro de 1860, onde afirma que as ideias espíritas progridem e auxiliam o indivíduo a compreender o futuro, não um futuro de desgraça ou de felicidade advinda de privilégios, mas um futuro racional, decorrente das nossas plantações e escolhas feitas na atual reencarnação, afastando, dessa forma, a incerteza sobre o futuro, e a incerteza, diz ele, é sempre um tormento, portanto, um obstáculo à felicidade.

Sem essa visão correta do futuro e das leis divinas, a pessoa não terá motivação para ver o bem do próximo, não terá resistência para enfrentar as privações e, no afã de ser feliz, desejará gozar, ter o que os outros possuem, se preocupar apenas em ter, tornando-se ávida, invejosa e egoísta, e não se tornará verdadeiramente feliz, porque o presente lhe parecerá curto.

O Espiritismo, na sua missão de iluminar e esclarecer consciências e destruir o materialismo, tem ajudado a criatura humana a entender e a construir a própria felicidade.

Nas questões 920/921 do Livro dos Espíritos, Kardec pretende obter da espiritualidade a gradação de felicidade possível na Terra, obtendo como resposta que a felicidade absoluta, completa, é impossível, pois ainda vivemos num mundo de provas e expiações, mas depende do homem “abrandar os seus males e de ser feliz quanto se pode ser sobre a Terra” e “ao praticar a lei de Deus, poupa-se de muitos males e pode até desfrutar de uma felicidade tão grande quanto comporte a sua existência num plano grosseiro”.



O médium Raul Teixeira, nos ajuda a entender essa questão da felicidade relativa, afirmando que: “[...] Então, é óbvio que na Terra jamais encontramos uma pessoa que usufrua de felicidade total. 

Encontramos alguém que tem muito dinheiro, mas não tem saúde. Outros que têm muita saúde, mas não têm dinheiro. 

Encontramos quem mora bem, mas carrega problemas familiares tremendos; alguém que mora no gueto, na favela, mas a família é irmanada, é unida [...]”. 

Todavia, é possível ser feliz dentro dos padrões relativos da Terra, seja na concretização dos sonhos materiais, desde que honestos e equilibrados, seja na conquista do brilho da alma, que surge com a melhoria dos nossos sentimentos.


Inventando desejos mais modernos

Na questão 926 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se a civilização, ao criar novas necessidades, não gera novas aflições:

“Os males deste mundo existem na razão das necessidades superficiais que os homens criam para si mesmos. 

Aquele que sabe limitar os seus desejos e ver sem cobiça o que está além de suas possibilidades, preserva-se de muitos aborrecimentos nesta vida. 

De fato, saber limitar os desejos e ver sem cobiça o que o outro possui é um dos segredos para se buscar a felicidade na Terra, porque saberemos definir o que é necessário e o que é supérfluo para a curta existência.

E assim, vamos entendendo que a felicidade decorre das escolhas que vamos fazendo durante a nossa vida, sobretudo aquelas relacionadas ao que sentimos pelo outro, porque à medida que vamos vivenciando o amor puro estaremos cada vez mais ampliando o nosso estado de felicidade; que é MENTAL.

A questão 922 os Espíritos da Codificação sintetizam a medida exata da felicidade comum a todos os homens, pontuando que, para a vida material, será a posse do necessário, e para a vida moral, será a consciência tranquila e a fé no futuro.


A felicidade maior não é propriamente aquela que apenas nós vivenciamos, mas aquela que experienciamos, doando-nos aos outros. 

Tudo quanto doamos é o que verdadeiramente nos pertence; o que tentamos guardar, reter, armazenar é o que perdemos

Fonte: "Vida e Valores" do Médium Raul Teixeira


Resumo
Euforia é algo natural da experencia humana, como por exemplo o time de futebol ganha a partida, quando alguém compra um carro novo ou tem uma relação sexual pela primeira vez.

Não há problemas desde que tudo seja feito sem o prejuízo ou a infelicidade do outro.

Já a Alegria é algo interno, pois uma pessoa pode estar séria, cansada, reclusa, não demostrando alegria aparente, mas no seu íntimo irradia felicidade, pois sua consciência está tranquila, pela plantação no bem que realizou, pela sua conexão com a Fonte Criadora e por patrocinar a felicidade dos outros.

É sabido que jamais seremos felizes totalmente estando na matéria, mas podemos ser alegres mesmo na carne. É só plantar o bem e pensar no bem estar do próximo, dos animais, da natureza e do Planeta!

Temos que contribuir, e não apenas usufruir! 

Saiba que um sorriso, um abraço possui um poder que nem imaginamos. Então bora sorrir, abraçar, beijar, compreender de maneira sincera!


Namastê / Laroyê

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