4.8.25

TODO JULGAMENTO É UMA CONFISSÃO

O Grande Espírito disse: Não julgueis para que não sejais julgados. Na mesma medida que julgares, sereis julgados. Mateus (7:1-5) e Lucas (6:37-42).

Jesus ensina explicitamente a
Lei de Causa e Efeito. Mandou, voltou! São as escolhas sendo feitas o tempo todo, a todo instante.

Não devemos condenar ou criticar severamente os outros, pois seremos tratados da mesma forma que tratamos os outros. Seja nessa encarnação, ou noutra.


Não julgar não é ausência de discernimento

Jesus não impediu que avaliemos situações e comportamentos, mas nos ensinou que o façamos com misericórdia, compaixão e empatia nos colocando no lugar do outro. E ainda nos aconselhou a orar por estes, mas nunca julgar.

Comportamento hipócrita e farisaico

Jesus critica a atitude de apontar os erros dos outros (o "cisco" no olho do irmão) sem reconhecer os nossos próprios (a "trave" no nosso olho). 

Tire o foco do outro, e se coloque enfrente o espelho; julgue a si mesmo. E o conselho é igual: Julgue a si mesmo com misericórdia, perdoando a si mesmo pelos erros cometidos. 

Não se culpe, melhore, mude!


Medida por medida
A forma como julgamos os outros
é a medida que será usada para nos julgar. Se formos severos, duros e implacáveis, seremos tratados da mesma forma.

É isso que você quer? Ser tratado de maneira implacável? Então plante o que você deseja colher!


Chamado à misericórdia
Jesus nos convida a ter um
olhar de compaixão e misericórdia para com o próximo, reconhecendo que todos somos falíveis.


Prática da empatia
Jesus nos encoraja a nos colocarmos no lugar do outro, buscando entender suas motivações e dificuldades antes de apontar o dedo. Diga assim: 

E se fosse eu cometendo aquele erro?


Na excelente explanação de "Dalton Campos Roque" do site Ramatis.com temos a seguinte reflexão:


A lente psicanalítica: transferência, projeção e o inconsciente confesso

O mecanismo da projeção (Freud): A psicanálise freudiana identifica a
projeção como um mecanismo de defesa primário. Diante de impulsos, desejos ou características próprias que o ego considera inaceitáveis, ameaçadoras ou dolorosas (a sombra, na linguagem junguiana que antecede Jung), o indivíduo as atribui a outra pessoa

Julgar alguém por ser “agressivo”, “desonesto” ou “promíscuo” pode ser, em essência, uma confissão inconsciente da própria luta com essas tendências reprimidas.

Transferência e o espelho relacional (Freud e Klein):
O julgamento ácido frequentemente ocorre em relações marcadas por transferência. O julgador projeta no outro (“alvo”) aspectos de figuras significativas do seu passado (pais, cuidadores) ou, mais perigosamente, aspectos rejeitados de si mesmo que vê refletidos no outro. 

O alvo torna-se um espelho involuntário, e o ataque a ele é um ataque deslocado a essas partes internas intoleráveis. Julgar severamente é, assim, tentar expurgar o “mau” interno, colocando-o fora de si.

A confissão inconsciente: O julgamento emocional negativo confessa, sem que o julgador perceba, a existência e a luta interna com aquilo que ele mais condena. Ao apontar o dedo acusador, ele revela as próprias feridas, conflitos e aspectos sombrios que não consegue integrar.


A psicologia tradicional: vieses cognitivos e a busca de coerência

Viés de projeção (Psicologia Social): Este viés cognitivo descreve exatamente a tendência de atribuir aos outros nossos próprios pensamentos, sentimentos, motivações ou traços de personalidade.

Julgamos os outros através da lente de nossa própria experiência subjetiva. Quem é desonesto tende a ver desonestidade alheia com mais facilidade; quem é inseguro pode interpretar ações neutras como rejeição. 

O julgamento confessa nossa visão de mundo e nossos traços latentes.
Heurística da disponibilidade e generalização: Julgamentos rápidos e ácidos muitas vezes se baseiam em informações limitadas ou exemplos vívidos que vêm facilmente à mente (disponibilidade), frequentemente ancorados em nossas próprias experiências ou medos. 

Generalizamos a partir do particular, e o particular que escolhemos focar revela nossas preocupações internas.

Dissonância cognitiva e auto justificação (Festinger): Julgar negativamente os outros pode servir para reduzir a dissonância cognitiva. 

Se temos um comportamento ou impulso condenável (ou mesmo apenas um pensamento), condená-lo vigorosamente no outro nos permite manter uma autoimagem positiva (“Eu não sou assim, ele é!” – muito comum nos moralismos religiosos e espiritualistas). 

O julgamento severo confessa nosso esforço para manter a coerência interna e justificar nossas próprias falhas ou medos.


A visão transpessoal: a sombra coletiva e a ilusão do ego separado

Integração da sombra (Jung): A psicologia transpessoal, vê o julgamento negativo como um sintoma agudo da
“sombra” não integrada. A sombra é o repositório de tudo o que rejeitamos em nós mesmos – fraquezas, impulsos “maus”, potencialidades não desenvolvidas. 

Atacar no outro o que pertence à nossa própria sombra é uma tentativa desesperada do ego de negar sua totalidade. Todo julgamento ácido é uma confissão pública de partes de nós que recusamos conhecer e aceitar.

Quebra da ilusão de separação: A perspectiva transpessoal enfatiza a interconexão fundamental de todos os seres. O julgamento que nega e ataca o outro reforça a ilusão do ego de ser uma entidade separada e superior. 

Reconhecer que o que condenamos no outro reside também em nós é um passo essencial para transcender essa ilusão e experimentar uma consciência mais unificada. 

Julgar é confessar nosso apego à separatividade.

Patologia espiritual da condenação: O julgamento negativo crônico é visto como uma patologia espiritual – um bloqueio ao amor incondicional, à compaixão e à expansão da consciência. Confessa um estado de contração, medo e desconexão do Self Maior.


Namastê Laroyê

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