Jesus ensina explicitamente a Lei de Causa e Efeito. Mandou, voltou! São as escolhas sendo feitas o tempo todo, a todo instante.
Não devemos condenar ou criticar severamente os outros, pois seremos tratados da mesma forma que tratamos os outros. Seja nessa encarnação, ou noutra.
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Não julgar não é ausência de discernimento
Jesus não impediu que avaliemos situações e comportamentos, mas nos ensinou que o façamos com misericórdia, compaixão e empatia nos colocando no lugar do outro. E ainda nos aconselhou a orar por estes, mas nunca julgar.
Comportamento hipócrita e farisaico
Comportamento hipócrita e farisaico
Jesus critica a atitude de apontar os erros dos outros (o "cisco" no olho do irmão) sem reconhecer os nossos próprios (a "trave" no nosso olho).
Tire o foco do outro, e se coloque enfrente o espelho; julgue a si mesmo. E o conselho é igual: Julgue a si mesmo com misericórdia, perdoando a si mesmo pelos erros cometidos.
Não se culpe, melhore, mude!
Medida por medida
A forma como julgamos os outros é a medida que será usada para nos julgar. Se formos severos, duros e implacáveis, seremos tratados da mesma forma.
A forma como julgamos os outros é a medida que será usada para nos julgar. Se formos severos, duros e implacáveis, seremos tratados da mesma forma.
É isso que você quer? Ser tratado de maneira implacável? Então plante o que você deseja colher!
Chamado à misericórdia
Jesus nos convida a ter um olhar de compaixão e misericórdia para com o próximo, reconhecendo que todos somos falíveis.
Prática da empatia
Jesus nos encoraja a nos colocarmos no lugar do outro, buscando entender suas motivações e dificuldades antes de apontar o dedo. Diga assim:
Chamado à misericórdia
Jesus nos convida a ter um olhar de compaixão e misericórdia para com o próximo, reconhecendo que todos somos falíveis.
Prática da empatia
Jesus nos encoraja a nos colocarmos no lugar do outro, buscando entender suas motivações e dificuldades antes de apontar o dedo. Diga assim:
E se fosse eu cometendo aquele erro?
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Na excelente explanação de "Dalton Campos Roque" do site Ramatis.com temos a seguinte reflexão:
A lente psicanalítica: transferência, projeção e o inconsciente confesso
O mecanismo da projeção (Freud): A psicanálise freudiana identifica a projeção como um mecanismo de defesa primário. Diante de impulsos, desejos ou características próprias que o ego considera inaceitáveis, ameaçadoras ou dolorosas (a sombra, na linguagem junguiana que antecede Jung), o indivíduo as atribui a outra pessoa.
Julgar alguém por ser “agressivo”, “desonesto” ou “promíscuo” pode ser, em essência, uma confissão inconsciente da própria luta com essas tendências reprimidas.
Transferência e o espelho relacional (Freud e Klein): O julgamento ácido frequentemente ocorre em relações marcadas por transferência. O julgador projeta no outro (“alvo”) aspectos de figuras significativas do seu passado (pais, cuidadores) ou, mais perigosamente, aspectos rejeitados de si mesmo que vê refletidos no outro.
O alvo torna-se um espelho involuntário, e o ataque a ele é um ataque deslocado a essas partes internas intoleráveis. Julgar severamente é, assim, tentar expurgar o “mau” interno, colocando-o fora de si.
A confissão inconsciente: O julgamento emocional negativo confessa, sem que o julgador perceba, a existência e a luta interna com aquilo que ele mais condena. Ao apontar o dedo acusador, ele revela as próprias feridas, conflitos e aspectos sombrios que não consegue integrar.
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A psicologia tradicional: vieses cognitivos e a busca de coerência
Viés de projeção (Psicologia Social): Este viés cognitivo descreve exatamente a tendência de atribuir aos outros nossos próprios pensamentos, sentimentos, motivações ou traços de personalidade.
Julgamos os outros através da lente de nossa própria experiência subjetiva. Quem é desonesto tende a ver desonestidade alheia com mais facilidade; quem é inseguro pode interpretar ações neutras como rejeição.
O julgamento confessa nossa visão de mundo e nossos traços latentes.
Heurística da disponibilidade e generalização: Julgamentos rápidos e ácidos muitas vezes se baseiam em informações limitadas ou exemplos vívidos que vêm facilmente à mente (disponibilidade), frequentemente ancorados em nossas próprias experiências ou medos.
Heurística da disponibilidade e generalização: Julgamentos rápidos e ácidos muitas vezes se baseiam em informações limitadas ou exemplos vívidos que vêm facilmente à mente (disponibilidade), frequentemente ancorados em nossas próprias experiências ou medos.
Generalizamos a partir do particular, e o particular que escolhemos focar revela nossas preocupações internas.
Dissonância cognitiva e auto justificação (Festinger): Julgar negativamente os outros pode servir para reduzir a dissonância cognitiva.
Se temos um comportamento ou impulso condenável (ou mesmo apenas um pensamento), condená-lo vigorosamente no outro nos permite manter uma autoimagem positiva (“Eu não sou assim, ele é!” – muito comum nos moralismos religiosos e espiritualistas).
O julgamento severo confessa nosso esforço para manter a coerência interna e justificar nossas próprias falhas ou medos.
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A visão transpessoal: a sombra coletiva e a ilusão do ego separado
Integração da sombra (Jung): A psicologia transpessoal, vê o julgamento negativo como um sintoma agudo da “sombra” não integrada. A sombra é o repositório de tudo o que rejeitamos em nós mesmos – fraquezas, impulsos “maus”, potencialidades não desenvolvidas.
Atacar no outro o que pertence à nossa própria sombra é uma tentativa desesperada do ego de negar sua totalidade. Todo julgamento ácido é uma confissão pública de partes de nós que recusamos conhecer e aceitar.
Quebra da ilusão de separação: A perspectiva transpessoal enfatiza a interconexão fundamental de todos os seres. O julgamento que nega e ataca o outro reforça a ilusão do ego de ser uma entidade separada e superior.
Reconhecer que o que condenamos no outro reside também em nós é um passo essencial para transcender essa ilusão e experimentar uma consciência mais unificada.
Julgar é confessar nosso apego à separatividade.
Patologia espiritual da condenação: O julgamento negativo crônico é visto como uma patologia espiritual – um bloqueio ao amor incondicional, à compaixão e à expansão da consciência. Confessa um estado de contração, medo e desconexão do Self Maior.
Namastê / Laroyê
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