Em "A Missão do Espiritismo" através do médium 'Hercílio Maes'; analisemos os falas de Ramatis sobre o Budismo.
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PERGUNTA: Há quem considere Buda superior a Jesus! Que dizeis?
RAMATÍS: Jesus é o sintetizador de todos os credos, doutrinas e religiões do mundo porque é o Governador Espiritual da Terra.
Jamais deveis preocupar-vos quanto à sua superioridade sobre determinado instrutor religioso que o tenha precedido.
PERGUNTA: Como se iniciou a missão de Buda?
RAMATÍS: O príncipe Siddharta Sakya-muni Gautama, mais tarde conhecido por Buda, o “Senhor da Mente”, o “Esclarecido”, nasceu na Índia, nas fímbrias do Himalaia e cresceu entre os prazeres da corte real de Kapilavastu.
PERGUNTA: Qual é a diferença mais generalizada entre o Espiritismo e o Budismo?
RAMATÍS: Sem dúvida, é a grande diferença de compreensão e temperamento que existe entre o Oriente e o Ocidente.
PERGUNTA: Quereis dizer que o homem do Ocidente está mais desamparado de ensinamentos tão proveitosos, quanto aos benefícios que recebem os orientais?
RAMATÍS: Apenas expomos que a turbulência da vida ocidental exige doutrina ou religião perfeitamente em sintonia com essa atividade desordenada.
PERGUNTA: Gostaríamos de mais alguns exemplos comparativos entre os ensinamentos do Budismo e o método direto do Espiritismo, em nossa época.
RAMATÍS: Buda e a doutrina espírita, na essência, dizem as mesmas coisas, porém, de modo diferente; o primeiro dirige-se à mente oriental, poética e mística, a partir de 600 anos antes de Cristo, quando inicio sua missão libertadora; o Espiritismo dirige-se, particularmente, ao cidadão ocidental do século XX, cheio de dúvidas ou interpretações equívocas.
O budista ainda pode alegar falta de treino meditativo para interpretar, a rigor, certas máximas budistas; mas o espírita assimila o ensinamento que é acessível tanto à criança como ao velho, ao analfabeto como ao sábio!
PERGUNTA: Desde que na última encarnação fostes indochinês, qual era a doutrina que professáveis na vida carnal?
RAMATÍS: Era o Budismo, porém, devotávamo-nos principalmente à sua forma iniciática, ao espírito da doutrina, despida de quaisquer símbolos, alegorias ou sugestões indiretas, tal como hoje, muitos espiritualistas modernos sabem distinguir no Evangelho de Jesus o "espírito que vivifica e a letra que mata".
PERGUNTA: Porventura, os princípios simples do Espiritismo também conseguiriam influenciar os budistas religiosos ainda presos aos dogmas seculares?
RAMATÍS: Seria bem mais fácil o budista abandonar a pompa, a liturgia e o temor da classe sacerdotal para devotar-se ao Espiritismo com ardor e sinceridade, porque já cultua e conhece tanto a Lei do Carma como a Reencarnação, ao passo que o católico e o protestante são profundamente avessos a tais postulados.
Não obstante a diferença e o condicionamento de raças, climas, preconceitos e costumes, em todas as latitudes geográficas é sempre a mesma camada de espíritos apropriada à escola educativa terrena.
Os antecessores de Jesus aplainaram-lhe o caminho para o melhor entendimento iniciático de sua paixão e crucificação.
No entanto, cada um desses instrutores trouxe mensagem adequada a certo tipo de raça ou povo, ensinando-lhes a imortalidade da alma e os deveres do espírito encarnado em afinidade com os postulados evangélicos de Jesus.
Confúcio aplainou o caminho na China, Krishna na Índia, Zoroastro na Pérsia, Hermes no Egito, Orfeu na Grécia e Buda na Ásia. Todos eles pregaram conceitos semelhantes aos que Jesus depois iria proclamar na Judéia, embora sob as características peculiares do seu povo.
Confúcio aplainou o caminho na China, Krishna na Índia, Zoroastro na Pérsia, Hermes no Egito, Orfeu na Grécia e Buda na Ásia. Todos eles pregaram conceitos semelhantes aos que Jesus depois iria proclamar na Judéia, embora sob as características peculiares do seu povo.
Eles foram a preliminar do Cristo Jesus, os niveladores do terreno agreste e erosado para a compreensão futura do Cristianismo. Buda também transmitiu aos asiáticos mensagem renovadora em perfeita eletividade com a mensagem de Jesus, embora rescendendo ao perfume peculiar da filosofia oriental.
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PERGUNTA: Como se iniciou a missão de Buda?
RAMATÍS: O príncipe Siddharta Sakya-muni Gautama, mais tarde conhecido por Buda, o “Senhor da Mente”, o “Esclarecido”, nasceu na Índia, nas fímbrias do Himalaia e cresceu entre os prazeres da corte real de Kapilavastu.
Era um jovem belo, disputado pelas jovens, mas se mostrava inquieto mesmo entre a incalculável riqueza, glória e o conforto principesco.
Certa vez, saindo do palácio às ocultas, encontrou em seu caminho mendigos, aleijados e enfermos, o que nunca lhe acontecia quando em viagem oficial, pois os infelizes estropiados e párias, sob pena de morte, eram proibidos de se mostrar na rua, para não constrangerem a visão do glorioso príncipe Sakya-muni.
Certa vez, saindo do palácio às ocultas, encontrou em seu caminho mendigos, aleijados e enfermos, o que nunca lhe acontecia quando em viagem oficial, pois os infelizes estropiados e párias, sob pena de morte, eram proibidos de se mostrar na rua, para não constrangerem a visão do glorioso príncipe Sakya-muni.
Profundamente impressionado pela desdita humana que ele não conhecia, sentiu-se infeliz vendo os seus compatriotas desditosos.
Certa noite em que se realizava esplêndida festa em seu palácio, ele desapareceu disposto a compartilhar da dor dos seus semelhantes e aliviar-lhes o fardo do sofrimento.
Era uma alma elevada e realmente missionária; e por isso feriram-lhe o coração as aflições dos infelizes do mundo. O seu amor à natureza era inconcebível, pois devotava carinho à mais singela flor.
Era uma alma elevada e realmente missionária; e por isso feriram-lhe o coração as aflições dos infelizes do mundo. O seu amor à natureza era inconcebível, pois devotava carinho à mais singela flor.
Muito sensível às inspirações do mundo espiritual, gostava de pensar em silencioso recolhimento, junto à natureza, meditando longas horas sobre o motivo da existência e do sofrimento humano.
Em breve tempo percebeu quanto o homem ainda se escraviza às superstições, aos sacrifícios inúteis e repugnantes, aos fanatismos separativistas e odientos.
Pressentindo na própria alma a natureza ardente e gloriosa do seu Criador, tentou transferir para os seus discípulos a ideia e o sentimento que lhe dominavam o ser com respeito à Divindade.
Pressentindo na própria alma a natureza ardente e gloriosa do seu Criador, tentou transferir para os seus discípulos a ideia e o sentimento que lhe dominavam o ser com respeito à Divindade.
Mas, em breve, verificou a impossibilidade de os homens compreenderem a existência de Deus, ou mesmo alguma idei aproximada do Absoluto.
Buda confirmou a reencarnação admitida na Índia desde os Vedas; e esclareceu os seus seguidores quanto à Lei do Carma, explicando que o espírito do homem deve libertar-se conscientemente do cárcere corporal para então alcançar o Nirvana ou a região da eterna bem-aventurança!
Ensinou que toda miséria e sofrimento humano é fruto das ambições desmedidas e egoístas, fruto do desejo incansável de posse e prazer sensual.
Buda confirmou a reencarnação admitida na Índia desde os Vedas; e esclareceu os seus seguidores quanto à Lei do Carma, explicando que o espírito do homem deve libertar-se conscientemente do cárcere corporal para então alcançar o Nirvana ou a região da eterna bem-aventurança!
Ensinou que toda miséria e sofrimento humano é fruto das ambições desmedidas e egoístas, fruto do desejo incansável de posse e prazer sensual.
O budista não devia roubar, mesmo para matar a fome; não mentir, nem se embriagar; evitar os pecados do ódio, da ambição, da preguiça, da arrogância, da avareza e da impudicícia.
Ensinava a paciência, a humildade, e a ternura para vencer os duros de coração. Enfim, o Budismo, hoje, ainda se consagra pelas máximas ou oito conceitos seguintes:
Ação reta, existência reta, linguagem reta, visão reta, vontade reta, aplicação reta, pensamento reto e meditação reta, equivalentes à boa regra de vida, bons sentimentos, boas ideias, boas palavras, boa conduta, bons esforços e boa meditação.
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PERGUNTA: Qual é a diferença mais generalizada entre o Espiritismo e o Budismo?
RAMATÍS: Sem dúvida, é a grande diferença de compreensão e temperamento que existe entre o Oriente e o Ocidente.
Enquanto os orientais, principalmente os hindus, são meditativos e buscam aprender a realidade imortal no silêncio da alma, os ocidentais são dinâmicos e procuram o conhecimento através das formas ou da manifestação fenomênica do mundo.
"O ocidental considera o Universo pelo lado de fora, por suas manifestações externas, concretas, palpáveis, visíveis; o oriental nasce com a intuição interiormente, considerando o aspecto externo efeitos de uma Causa invisível, mas não a Realidade.
"O ocidental considera o Universo pelo lado de fora, por suas manifestações externas, concretas, palpáveis, visíveis; o oriental nasce com a intuição interiormente, considerando o aspecto externo efeitos de uma Causa invisível, mas não a Realidade.
Por isto, não há no Oriente ateus nem materialistas; a sua consciência habitual vive noutra dimensão, pois a realidade invisível é para ele o objeto de intuição espiritual e lhe dá plena certeza.
Para o oriental o visível é derivado do invisível; para o ocidental, o invisível é efeito do visível. Para o oriental, os ocidentais são caçadores de sombras - o Maya, a ilusão.
O oriental vive muito alheio às coisas da vida terrestre; o ocidental vive engolfado nas coisas terrenas; realiza mais coisas em redor de si do que o seu próprio eu interno." (Trecho extraído da obra: "Espírito da Filosofia Oriental", de Huberto Rohden).
A vida inquieta e tumultuosa do Ocidente só proporciona ao ser o entendimento das coisas espirituais através da própria vivência cotidiana, desatinada, enquanto os orientais podem devotar-se mais intensamente à meditação na tranquilidade da natureza e no fervor das coisas íntimas do espírito.
A vida inquieta e tumultuosa do Ocidente só proporciona ao ser o entendimento das coisas espirituais através da própria vivência cotidiana, desatinada, enquanto os orientais podem devotar-se mais intensamente à meditação na tranquilidade da natureza e no fervor das coisas íntimas do espírito.
A figura tradicional do Mestre sereno a palmilhar os caminhos poéticos e as veredas calmas da índia, não se ajusta ao turbilhão fatigante do Ocidente.
A vida ocidental é ruidosa, prenhe de buzinas, gritos, pregões, apitos e barulhos ensurdecedores; as criaturas atravessam as ruas, apressadas, aos saltos diante dos veículos, aos empurrões nos ônibus e nervosas pela perda de tempo nas extensas filas.
As exigências incessantes do mundo exterior, arrasando os sentidos humanos, impossibilitam o homem de sua concentração interior e a mobilização de suas forças espirituais.
A sua frente reclama ou interfere o esmoler, o fiscal de trânsito, o bilheteiro, o cobrador, o vendedor de bugigangas, o propagandista, a reação do transeunte impaciente, o som estridente dos alto falantes e o barulho atordoante dos caminhões!
O Mestre Oriental é consagrado pelas suas vestes níveas e longas, o turbante imaculado e olhar sereno, impassível diante dos acontecimentos mais tormentosos e avançados do mundo material.
O Mestre Oriental é consagrado pelas suas vestes níveas e longas, o turbante imaculado e olhar sereno, impassível diante dos acontecimentos mais tormentosos e avançados do mundo material.
Seus gestos são comedidos e suas palavras de alta sabedoria. No entanto o mestre ocidental atravessa as ruas apressado, perdido entre as multidões azafamada e cumprindo as tarefas mais prosaicas.
Ninguém o conhece como chefe de seita sigilosa ou instrutor de confraria iniciática; porém, ele surge no momento apropriado, como o cidadão comum, mas capacitado para aconselhar soluções no plano da espiritualidade, reajustar temperamentos atormentados e orientar com sabedoria o seu próximo.
Ninguém o conhece como chefe de seita sigilosa ou instrutor de confraria iniciática; porém, ele surge no momento apropriado, como o cidadão comum, mas capacitado para aconselhar soluções no plano da espiritualidade, reajustar temperamentos atormentados e orientar com sabedoria o seu próximo.
É também sujeito aos horários rígidos, obrigado ao transporte comum, responsável pela família ou parentela, sujeito às obrigações do fisco do mundo.
Então, retorna ao lar, exausto, inquieto e mesmo nervoso, conclamado a resolver e atender os problemas domésticos em comum e amenizar os conflitos da família humana.
Quando se desobriga de todas os providências e responsabilidades de fora ou de dentro do lar, domina-o o cansaço e sobra-lhe pouco tempo para a meditação peculiar aos orientais.
Quando se desobriga de todas os providências e responsabilidades de fora ou de dentro do lar, domina-o o cansaço e sobra-lhe pouco tempo para a meditação peculiar aos orientais.
Consome alguns minutos ou mesmo algumas horas na pesquisa sobre os princípios do mundo espiritual e da melhor conduta humana de seus irmãos.
Há em si, espontaneamente, o desejo ardente de servir o próximo, auxiliá-lo em suas dores e solucionar seus problemas porque vibra em sua alma a mesma ansiedade do instrutor, variando, apenas, quanto ao ambiente onde Deus o colocou para o serviço benfeitor.
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PERGUNTA: Quereis dizer que o homem do Ocidente está mais desamparado de ensinamentos tão proveitosos, quanto aos benefícios que recebem os orientais?
RAMATÍS: Apenas expomos que a turbulência da vida ocidental exige doutrina ou religião perfeitamente em sintonia com essa atividade desordenada.
O povo ocidental precisa de ensinamentos sintéticos e popularizados, que lhe sirvam a toda hora e lhe concedam a oportunidade de graduar-se progressivamente entre a poeira do mundo, mas sem abandonar suas obrigações onerosas no seio da sociedade, do trabalho, do estudo, do esporte e até da diversão.
Em consequência, é o Espiritismo, realmente, a doutrina no século XX mais indicada para atender as necessidades do homem, ensinando-lhe a imortalidade do espírito, os preceitos da Reencarnação e Lei do Carma, isso de modo direto e fácil, sem exigir qualquer abstenção.
Em consequência, é o Espiritismo, realmente, a doutrina no século XX mais indicada para atender as necessidades do homem, ensinando-lhe a imortalidade do espírito, os preceitos da Reencarnação e Lei do Carma, isso de modo direto e fácil, sem exigir qualquer abstenção.
Ademais, tanto o Budismo como o Espiritismo, tentam libertar o homem de suas algemas carnais, porém, cada uma dessas doutrinas opera de conformidade com as atividades, temperamentos e psicologia do cidadão oriental e do ocidental.
Buda servia-se de comparações para ensinar sua doutrina, lembrando bastante a natureza poética de Jesus e suas parábolas. O Espiritismo, no entanto, profundamente eletivo à mente ocidental, manifesta os seus ensinamentos diretamente e sem a poesia ou o simbolismo que requerem demoradas meditações.
Buda servia-se de comparações para ensinar sua doutrina, lembrando bastante a natureza poética de Jesus e suas parábolas. O Espiritismo, no entanto, profundamente eletivo à mente ocidental, manifesta os seus ensinamentos diretamente e sem a poesia ou o simbolismo que requerem demoradas meditações.
É doutrina de esclarecimento imperativo e próprio para a época atual, em que não sobeja tempo para as longas contemplatividades próprias da escolástica oriental.
O espírita se ajusta corretamente ao homem apressado, ativo e onerado no turbilhão incessante da vida moderna, mas pronto a servir ao próximo e a meditar também sobre a vida espiritual.
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PERGUNTA: Gostaríamos de mais alguns exemplos comparativos entre os ensinamentos do Budismo e o método direto do Espiritismo, em nossa época.
RAMATÍS: Buda e a doutrina espírita, na essência, dizem as mesmas coisas, porém, de modo diferente; o primeiro dirige-se à mente oriental, poética e mística, a partir de 600 anos antes de Cristo, quando inicio sua missão libertadora; o Espiritismo dirige-se, particularmente, ao cidadão ocidental do século XX, cheio de dúvidas ou interpretações equívocas.
O budista ainda pode alegar falta de treino meditativo para interpretar, a rigor, certas máximas budistas; mas o espírita assimila o ensinamento que é acessível tanto à criança como ao velho, ao analfabeto como ao sábio!
Na época da vivência de Buda e no tempo de Jesus, o conhecimento do mundo oculto não podia ser transmitido ao povo de modo "ex-abrupto", pois só alimentaria a superstição, o temor e o fanatismo.
Daí, a peculiaridade das máximas budistas e das parábolas de Jesus, que velavam à massa comum certa parte do ensinamento transcendental.
Por isso, ainda hoje os exegetas bíblicos discutem o sentido da parábola em que Jesus fez secar a figueira, porque ele traria a guerra e não a paz ou pretendem que tenha chamado o Templo de Jerusalém (um matadouro de aves e animais), de "casa de Deus"!
Obviamente, o Espiritismo não pretende superar o Budismo, mas em face de grande disparidade de condições evolutivas, realizações científicas e descobertas técnicas, domínio do mundo oculto e demais avanços do homem atual, a doutrina espírita é mais própria para as massas populares, enquanto o budismo requer mentes e costumes mais eletivos à meditação.
Obviamente, o Espiritismo não pretende superar o Budismo, mas em face de grande disparidade de condições evolutivas, realizações científicas e descobertas técnicas, domínio do mundo oculto e demais avanços do homem atual, a doutrina espírita é mais própria para as massas populares, enquanto o budismo requer mentes e costumes mais eletivos à meditação.
No ensino budista, comumente, o discípulo deve tirar suas próprias ilações, após ouvir o conceito doutrinário, enquanto no esclarecimento espírita o ensino é direto e taxativo!
Dizia Buda: "Quem renuncia aos desejos se torna um brâmane", isto é, só depois que o discípulo buscava conhecer o que era um brâmane, então assimilava o ensinamento, por saber que o "brâmane era aquele que não se reencarna mais e que atinge o Nirvana, região equivalente ao céu do Catolicismo.
Dizia Buda: "Quem renuncia aos desejos se torna um brâmane", isto é, só depois que o discípulo buscava conhecer o que era um brâmane, então assimilava o ensinamento, por saber que o "brâmane era aquele que não se reencarna mais e que atinge o Nirvana, região equivalente ao céu do Catolicismo.
No entanto, na exposição do mesmo conceito, o Espiritismo é rápido, prático, direto e impressivo, explicando: "liberta-te da carne e serás um anjo".
Buda diz: "Quem injuria o homem virtuoso é como quem cospe contra o vento". E a doutrina de Kardec, no seu esclarecimento simples, indica a mesma coisa no seguinte:
"Quem injuria o próximo será injuriado." A poética e simbólica composição doutrinária de Buda diz outro ensinamento:
"Quem injuria o próximo será injuriado." A poética e simbólica composição doutrinária de Buda diz outro ensinamento:
"As coisas brotam do coração e o coração as dispõe; quem fala ou age com mau coração, a dor o acompanha como o pé do animal que o arrasta; quem fala ou age com coração, a felicidade o acompanha como a própria sombra".
O Espiritismo, maravilha de simplificação para todos os homens, explica sem rodeios poéticos ao traduzir o mesmo conceito acima, expondo: "O homem colhe no presente ou no futuro os efeitos felizes ou desventurados das causas boas ou más do passado."
Buda, expondo outro ensino de sua doutrina, assim se dirige à mente oriental: "Se tu pedires que a margem oposta do rio venha a ti, ela virá?
Não! Tu é que tens de atravessar o rio para ir buscá-la." Segundo as pegadas de Jesus, e sob o mesmo tema, o Espiritismo é unânime em esclarecer que, sem esforço, o homem nada alcança; e por isso, apenas diz "Buscai e achareis.
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PERGUNTA: Desde que na última encarnação fostes indochinês, qual era a doutrina que professáveis na vida carnal?
RAMATÍS: Era o Budismo, porém, devotávamo-nos principalmente à sua forma iniciática, ao espírito da doutrina, despida de quaisquer símbolos, alegorias ou sugestões indiretas, tal como hoje, muitos espiritualistas modernos sabem distinguir no Evangelho de Jesus o "espírito que vivifica e a letra que mata".
Ademais, além do aspecto contemplativo de certas normas budistas, desenvolvíamos os poderes psíquicos e latentes na alma através de práticas esotéricas.
O magnetismo, a psicometria, levitação, voz direta, radiestesia, materialização e psicografia já eram do conhecimento dos sacerdotes budistas dispersos pelas dezenas de templos-miniaturas espalhados pela terra indo-chinesa.
O Budismo, como o Espiritismo, também assenta suas bases na Lei do Carma e da Reencarnação, com a precípua finalidade de esclarecer os homens e livrá-los da superstição, mentira, lubricidade, avareza, medo, sofrimento, orgulho, ambição e de todos os desejos que escravizam o homem à matéria.
O Budismo, como o Espiritismo, também assenta suas bases na Lei do Carma e da Reencarnação, com a precípua finalidade de esclarecer os homens e livrá-los da superstição, mentira, lubricidade, avareza, medo, sofrimento, orgulho, ambição e de todos os desejos que escravizam o homem à matéria.
O ideal moral pregado por Buda em nada fica devendo ao ideal cristão consumado no Evangelho do Cristo-Jesus, embora algumas vezes divirjam em sua forma de expressão.
Buda foi um esclarecido, entidade fulgente e dominante no plano mental, hoje mais conhecido por plano búdico; sua doutrina é fonte de profunda beleza moral.
Buda foi um esclarecido, entidade fulgente e dominante no plano mental, hoje mais conhecido por plano búdico; sua doutrina é fonte de profunda beleza moral.
Assim como Jesus impregnou o Cristianismo com a simplicidade e a doçura de sua vida santificada, o Budismo traz em sua fonte a humildade de um príncipe glorioso e poderoso, que trocou as vestes de seda e as pedras preciosas do corpo pela vestimenta de estamenha (2) e pelo bordão de peregrino.
(2) Estamenha: tecido grosseiro de lã.
No entanto, há que distinguir o Budismo, doutrina iniciática que se dirige diretamente ao coração do homem sem os ritos e a superstição, e o Budismo, religião organizada pela classe sacerdotal asfixiando a Verdade pura e simples, conforme o Catolicismo sacrificou a sua singeleza sob o peso das liturgias.
(2) Estamenha: tecido grosseiro de lã.
No entanto, há que distinguir o Budismo, doutrina iniciática que se dirige diretamente ao coração do homem sem os ritos e a superstição, e o Budismo, religião organizada pela classe sacerdotal asfixiando a Verdade pura e simples, conforme o Catolicismo sacrificou a sua singeleza sob o peso das liturgias.
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PERGUNTA: Porventura, os princípios simples do Espiritismo também conseguiriam influenciar os budistas religiosos ainda presos aos dogmas seculares?
RAMATÍS: Seria bem mais fácil o budista abandonar a pompa, a liturgia e o temor da classe sacerdotal para devotar-se ao Espiritismo com ardor e sinceridade, porque já cultua e conhece tanto a Lei do Carma como a Reencarnação, ao passo que o católico e o protestante são profundamente avessos a tais postulados.
Não obstante a diferença e o condicionamento de raças, climas, preconceitos e costumes, em todas as latitudes geográficas é sempre a mesma camada de espíritos apropriada à escola educativa terrena.
Em verdade, em todos os povos ou raças, há tipos espirituais de graduações e sentimentos semelhantes. Tanto no Oriente, como no Ocidente, as religiões tiveram o seu inicio nos temas mais simples e puros, mas à medida que se sucediam os anos e os séculos, elas foram perdendo a sua simplicidade iniciática sufocadas pelas superstições, temores, liturgias, sistemas eclesiásticos e fanatismo sectaristas.
Assim como o Catolicismo, com a pompa e o poder de sua organização sacerdotal interfere na política de vários países, o Budismo de hoje também sacrificou a pureza e simplicidade dos ensinamentos pregados por Buda à luz das estrelas, entre as veredas sombreadas das matas ou à porta das hospedarias.
Deste modo, no seio do Budismo também se mostram insatisfeitos milhares de budistas, cujo amadurecimento espiritual os toma mais conscientes de realidade da vida superior.
Deste modo, no seio do Budismo também se mostram insatisfeitos milhares de budistas, cujo amadurecimento espiritual os toma mais conscientes de realidade da vida superior.
Alguns também são religiosos tradicionalistas, por questão de família, de tolerância ou situações políticas, mas na intimidade da alma já perderam a fé nos postulados consagrados pelo mundo exterior, mas vazios da força angélica do inigualável Buda.
São adeptos que vibrariam mais facilmente com o Espiritismo do que os próprios devotos católicos, protestantes e de outras seitas religiosas do Ocidente.
Quando a doutrina espírita achegar-se a eles cavando a crosta das inutilidades pomposas e dogmas atrofiantes do Budismo, ser-lhes-á fácil aceitar e professar uma doutrina ocidental de profunda semelhança com as raízes fundamentais da Lei do Carma e da Reencarnação dos ensinos budistas.
Ademais, devotar-se-ão, satisfeitos, à disciplina lógica e sensata da comunicação com os mortos sem a proverbial obstrução de superstições e temores, que transformam parentes falecidos em seres irreais moradores de um mundo caricato!
Namastê / Laroyê

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