20.4.25

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA E ESPIRITUALIDADE

Introdução: O que tem a haver comunicação não violenta com espiritualidade?
Absolutamente tudo! Para aqueles que estão buscando sair da zona de conforto, melhorar como pessoa, mudar hábitos ruins, mudar condutas tóxicas, mudar pensamentos negativos e inúteis, e se a comunicação com o próximo está impositiva, fanática, gritada, desiquilibrada, desrespeitosa, agressiva... Tudo isso realmente precisa de mudança urgente

A Fala de Jesus
Parece repetitivo, redundante ou clichê batido, mas quando buscamos o exemplo da entidade de maior elevação que veio ao Planeta, nunca é demais darmos uma revisada no seu ensinamento que é atemporal. Você pode buscar inspiração em outras fontes como por exemplo: Paramahansa Yogananda, Siddharta Gautama, Krishna, na psicologia, na filosofia, nas artes, ou seja, a mensagem do bem esta em toda parte.

Jesus falava com as pessoas de maneira
branda e amorosa. Se analisarmos o sermão da montanha é possível verificarmos o teor das mensagens e assim, testificarmos como ele se comunicava, o jeito que ele falava. Vamos relembrar alguns itens? Mateus 5
  • Felizes os humildes de espírito;
  • Felizes os mansos;
  • Felizes os misericordiosos;
  • Felizes os limpos de coração;
  • Felizes os pacificadores.
Nenhuma dessas mensagens de amor absoluto sai da boca de alguém de maneira grosseira ou violenta. O modo que o Cristo ensinou era completamente pacifico, e seu magnetismo envolveu a todos de maneira única.

👉Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes.
(Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, item 4)

👉(…) palavras são agentes na construção de todos os edifícios da vida. Lancemo-las, na direção dos outros, com equilíbrio e tolerância com que desejamos venham elas até nós. Emmanuel - Livro da Esperança, psicografado por Chico Xavier

Comunicação falsa
Os espíritos das trevas fingem ser luz, e podem falar de maneira branda e calma, mas o que vai diferenciar é a
emanação da energia, a frequência e energia não tem como disfarçar. Aqueles que se comunicam de maneira dura, ansiosa, desrespeitosa, violenta estão ainda desequilibrados no trato com seus semelhantes.

Por outro lado, espíritos perversos de baixa moral, mas de uma intelectualidade invejável, podem falar manso e educado; mas suas palavras são frias, e quem as ouve sentem algo de ruim, mesmo que o conteúdo seja elevado.

Como diz expressão "a letra mata mas o espírito vivifica"; significa que palavras bonitas sem sentimentos bons, são inúteis. Mas convenhamos, ainda é melhor ouvir alguém falando educado palavras boas sem magnetismo, do que uma pessoa gritando, e impondo suas ideias de maneira louca e violenta.

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Comunicação Não-Violenta (CNV)

A Comunicação Não-Violenta foi sistematizada pelo psicólogo 'Marshall Rosenberg', que escolheu esse nome inspirado nos
trabalhos de resistência não-violenta de Gandhi e Martin Luther King que busca aprimorar os relacionamentos interpessoais, nos ligando às nossas necessidades e às dos outros, com a finalidade de falar sem machucar e ouvir sem se ofender.

"Falar sem Machucar e Ouvir sem se Ofender".

Trata-se de uma abordagem que pode ser aplicada a todos os níveis de comunicação, nos mais variados contextos. Esta metodologia de comunicação se baseia em permitirmos o desenvolvimento de nosso estado compassivo natural, reformulando a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos o outro.

Refere-se a uma
prática de reflexão que envolve as necessidades e expectativas de ambas as partes do processo comunicacional. Dessa forma, em vez de nos concentramos apenas nas atitudes e falas da outra pessoa, focamos em suas necessidades, desenvolvendo um olhar mais compassivo e empático.

A Comunicação Não-Violenta apresenta ferramentas úteis para superar os desafios que aparecem nas nossas relações que são causados pela forma que nos comunicamos, ou até mesmo pelo que deixamos de falar por medo do conflito.

Para isso, a CNV propõe
4 focos de atenção para orientar a nossa comunicação. Quando nos comunicamos a partir desses 4 focos de atenção, aumentamos as chances de sermos compreendidos pelas outras pessoas, e nos tornamos mais aptos a compreender o que está por trás das palavras que elas dizem.

A prática da CNV tem como principal intenção gerar uma qualidade de conexão maior do que a que conseguimos pela forma como a maior parte de nós está condicionada a se relacionar. Mais qualidade de conexão leva a uma maior capacidade de resolução de conflitos e à busca por resultados de benefício mútuo, saindo de uma lógica de que para uma pessoa conseguir o que quer outra pessoa tem que abrir mão de algo.


Os 4 componentes da CNV são: Observação, Sentimentos, Necessidades e Pedidos.

Observação
A observação consiste em separar o que de fato aconteceu em uma situação das avaliações que fazemos sobre ela. Uma observação, pela CNV, é a descrição factual de algo que aconteceu. As observações são muito simples pensando que qualquer pessoa que estivesse como testemunha da situação a ser descrita a descreveria da mesma maneira.

Quando falamos sobre o que observamos, vamos para a conversa compartilhando uma mesma realidade. Concordamos e testemunhamos que aquilo de fato aconteceu, e tiramos o foco dos julgamentos sobre o que aconteceu.

Sentimentos
Expressar os nossos sentimentos, trazendo a nossa vulnerabilidade, nos aproxima uns dos outros. Os sentimentos são palavras que descrevem a nossa experiência, como “eu me sinto inseguro”, “eu estou chateada” e “eu me sinto animada”. 

Necessidades
As necessidades são as motivações que nos levam a fazer, falar e escolher. Marshall Rosenberg dizia que “por trás de toda ação, existe uma necessidade humana universal”.

Pedidos
Os pedidos, último componente da CNV, são a expressão de como gostaríamos de atender nossas necessidades. Quando fazemos pedidos, damos ao outro a oportunidade de colaborar com o que é importante para nós.

Um pedido é uma oportunidade que damos para a outra pessoa colaborar com nossas vidas, mas não queremos que ela faça isso às custas das próprias necessidades.

Os 4 componentes da CNV não são 4 passos porque não precisam ser expressados em uma ordem específica, e há ainda momentos em que podemos escolher não trazer todos os 4 componentes na nossa fala

O propósito dos 4 componentes é nos ajudar a sair do modo automático com que reagimos e da linguagem alienante da vida, e, assim, levar a nossa atenção para a energia de vida que está sendo expressa naquela situação, através de sentimentos e necessidades.

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"Se você está procurando na CNV uma fórmula para conseguir que as pessoas façam o que você quer, sinto contar que você não vai conseguir".

E se você leu os pontos anteriores deste texto, você já deve estar entendendo isso. A prática da CNV não é uma receita de bolo, mas sim uma prática consciente. E há ainda 3 principais áreas de aplicação da CNV: a Auto Conexão, a Empatia e a Expressão Honesta.

👉Auto Conexão
A auto conexão é quando entendemos o que se passa com nós mesmos diante de um estímulo. É se fazer perguntas como:
  • O que eu estou sentindo?
  • O que é mais importante para mim nesse momento?
👉Empatia
A Empatia está relacionada à forma como escutamos as mensagens que recebemos, e é uma aplicação essencial da Comunicação Não-Violenta. A ideia na escuta é praticar a curiosidade empática

A prática da empatia nos apoia a aumentar a qualidade da compreensão nas nossas interações, o que diminui o barulho dos nossos pensamentos e das histórias que nos contamos, e gera mais conexão para seguir na conversa.

👉Expressão Honesta
Expressar para a outra pessoa o que se passa com a gente é parte fundamental da Comunicação Não-Violenta. E, na prática queremos fazer isso de forma que diminui as chances de gerar uma reação de defesa na outra pessoa, e que facilite para que ela compreenda do que queremos cuidar na situação. Para isso, trazemos a nossa expressão.

Quando trazemos o que é importante, ou seja, a nossa necessidade, é mais fácil para a outra pessoa compreender a nossa intenção ao fazer um pedido. Mas lembre-se, a CNV não é sobre conseguirmos que as coisas saiam do nosso jeito. É sobre gerar uma qualidade de conexão propícia à contribuição.

“Embora possamos não considerar ‘violenta’ a maneira que falamos, nossas palavras não raro induzem à mágoa e à dor, seja para os outros, seja para nós mesmos.”

"Ter consciência do que precisamos, ou seja, de quais são as nossas necessidades nas situações e interações que vivemos, torna mais fácil encontrar alternativas para solucionar conflitos".

Resumo
Como você acha que é a comunicação numa sociedade feliz encarnada ou desencarnada? Certamente não é como vemos na nossa sociedade que esta adoecida, mal educada e egoísta, que não se importa com outros. 

Quando nos comunicamos de maneira suave e verdadeira, e ainda nos preocupando com a necessidade do outro, e principalmente de como o outro irá se sentir; aí sim estaremos próximos do mundo de regeneração; que esta chegando. 

Por isso, melhore a maneira que você se comunica com as pessoas, mas não adianta só falar manso e bonito, seja honesto e verdadeiro; e as pessoas vão sentir a emanação de amor que vem de você. Energia não mente!

Namastê / Laroyê


Fonte: Instituto CNV Brasil

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