A alma "desobediente" às regras religiosas, irá sofrer tormentos para todo o sempre, por toda a eternidade.
Essa tática do medo foi muito usada, porém enfraquecida com o tempo. Naquela época teve sua utilidade, mas hoje não faz mais sentido, e vamos entender porque.
É só usar a Razão
Se a humanidade, imperfeita e repleta de vícios e fraquezas sabe perdoar, como Deus não o faria se é amor infinito? Destinaria seus filhos a sofrimentos sem fim?
É só usar a Razão
Se a humanidade, imperfeita e repleta de vícios e fraquezas sabe perdoar, como Deus não o faria se é amor infinito? Destinaria seus filhos a sofrimentos sem fim?
Um pai e uma mãe, mesmo tendo consciência dos erros cometidos pelos filhos, continuam amando-os, e lhes dando novas oportunidades para se regenerarem, com Deus seria diferente?
Não só faria igual, mas faria melhor. Jesus ensinou: Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem? (Mt 7:11).
Todas as religiões primitivas, de acordo com o caráter dos povos, tiveram deuses guerreiros que combatiam à frente dos exércitos. O Jeová dos hebreus fornecia-lhes mil meios de exterminarem os inimigos; recompensava-os pela vitória ou punia-os pela derrota.
Lembrai-vos de que, entre os réprobos, pode achar-se uma pessoa que vos foi cara, um amigo, talvez um pai, uma mãe, ou um filho, e dizei se, não havendo, segundo credes, possibilidade de ser perdoado esse ente, lhe recusaríeis um copo d’água para mitigar-lhe a sede?
Uma reflexão racional e lógica do amor de Deus, com bom senso e desprovida de misticismo e crenças cegas, não permite chegar a outra interpretação; a não ser a da inexistência de penas eternas.
No passado, pela ideia equivocada que se tinha do Criador, de ser um Deus terrível e impiedoso, bem como pela ignorância em que se achava o homem, atribuindo às divindades suas paixões e tendências inferiores, compreendeu-se à aceitação da crença das penas eternas por um certo tempo. O fogo eterno foi uma criação humana.
Para tais homens, precisava-se de crenças religiosas assimiláveis à sua natureza ainda rude. Uma religião completamente espiritual, toda de amor e caridade, não se podia aliar com a brutalidade dos costumes e das paixões. Precisava-se disso naquela época; a doce doutrina de Jesus Cristo não teria encontrado eco e teria sido impotente.
Contudo, a partir do momento em que o Cristo encarnou e nos apresentou um Deus completamente diferente, de amor infinito, não há mais justificativas para se manter a crença no inferno eterno.
A maturidade conquistada com o tempo mostra-nos serem o amor, a caridade, a misericórdia e o perdão as qualidades de um Deus de amor que devemos imitar.
O perdão divino significa nova oportunidade de reajuste, e não ausência de responsabilidade diante dos erros cometidos. A reencarnação é a prova viva da misericórdia e do amor de Deus, pois nos dá a chance de resgatarmos nossos erros passados, e nos reajustarmos com as leis do Universo, sendo a única maneira racional de explicar e de demonstrar a justiça divina.
A reencarnação desfaz o mito das penas eternas! Para os teimosos que só admitem uma única vida, e não aceitam a realidade da pluralidade das existências terão um longo caminho até compreenderem o Deus de amor.
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Na questão 1006 no Livro dos Espíritos temos o seguinte:
Poderiam durar eternamente os sofrimentos dos Espíritos? "Poderiam, se ele pudesse ser eternamente mau, isto é, se jamais se arrependesse e melhorasse, sofreria eternamente.
Deus, porém, não criou seres tendo por destino permanecerem votados perpetuamente ao mal. Apenas os criou a todos simples e ignorantes, tendo todos, no entanto, que progredir em tempo mais ou menos longo, conforme decorrer da vontade de cada um.
Mais ou menos tardia pode ser à vontade, do mesmo modo que há crianças mais ou menos precoces, porém, cedo ou tarde, ela aparece, por efeito da irresistível necessidade que o Espírito sente de sair da inferioridade e de se tornar feliz.
Eminentemente sábia e magnânima é, pois, a lei que rege a duração das penas, porquanto subordina essa duração aos esforços do Espírito. Jamais o priva do seu livre-arbítrio: se deste faz ele mau uso, sofre as consequências."
Kardec pergunta: Quanto tempo dura o sofrimento?
A duração do castigo é subordinada ao melhoramento do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado é pronunciada contra ele.
O que Deus exige, para pôr um termo aos sofrimentos, é o arrependimento, a expiação e a reparação; em uma palavra, um melhoramento sério e efetivo, uma volta sincera ao bem. O Espírito é assim o árbitro de sua própria sorte.
Jesus ameaçou punir os pecadores com o inferno eterno?
Quando Jesus falava, falava por parábolas a uma geração pré-primitiva, e em certos momentos usava uma linguagem enérgica.
Jesus usou a palavra Diabo/Satanás que é uma representação do mau, e não uma pessoa. E quando falou de "fogo do inferno" falou de forma alegórica. Os homens daquele tempo tinham apenas uma noção rasa da espiritualidade da alma, a ideia do fogo eterno, crença vulgar vinda dos pagãos e difundida quase universalmente, era até necessária (podemos assim definir).
A eternidade das penas foi submetidas há séculos à legislação do terrível Jeová, o deus judaico. "Ser lançado no inferno", era uma figura de linguagem enérgica; Jesus sabia bem que o tempo e o progresso iriam encarregar-se de fazer compreender seu sentido alegórico, quando o Espírito de Verdade viria esclarecer os homens sobre todas as coisas.
Todas as religiões primitivas, de acordo com o caráter dos povos, tiveram deuses guerreiros que combatiam à frente dos exércitos. O Jeová dos hebreus fornecia-lhes mil meios de exterminarem os inimigos; recompensava-os pela vitória ou punia-os pela derrota.
Segundo a ideia que se faziam de Deus, acreditava-se reverenciá-lo ou apaziguá-lo com o sangue dos animais ou dos homens: daí os sacrifícios sangrentos que desempenharam seu papel em todas as religiões antigas.
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No Evangelho Segundo o Espiritismo no Cap 27 verso 19 temos informações fundamentais
Pessoas há que não admitem a prece pelos mortos, porque, segundo acreditam, a alma só tem duas alternativas: Ser salva ou ser condenada às penas eternas, resultando, pois, em ambos os casos, inútil a prece.
Sem discutir o valor dessa crença, admitamos, por instantes, a realidade das penas eternas e irremissíveis e que as nossas preces sejam impotentes para lhes pôr termo.
Perguntamos se, nessa hipótese, será lógico, será caridoso, será cristão recusar a prece pelos réprobos? Tais preces, por mais impotentes que fossem para os liberar, não lhes seriam uma demonstração de piedade capaz de abrandar-lhes os sofrimentos?
Na Terra, quando um homem é condenado a galés perpétuas, quando mesmo não haja a mínima esperança de obter-se para ele perdão, será defeso a uma pessoa caridosa ir carregar-lhe os grilhões, para aliviá-lo do peso destes?
Em sendo alguém atacado de mal incurável, dever-se-á, por não haver para o doente esperança nenhuma de cura, abandoná-lo, sem lhe proporcionar qualquer alívio?
Lembrai-vos de que, entre os réprobos, pode achar-se uma pessoa que vos foi cara, um amigo, talvez um pai, uma mãe, ou um filho, e dizei se, não havendo, segundo credes, possibilidade de ser perdoado esse ente, lhe recusaríeis um copo d’água para mitigar-lhe a sede?
Um bálsamo que lhe seque as chagas? Não faríeis por ele o que faríeis por um galé? Não lhe daríeis uma prova de amor, uma consolação? Não, isso cristão não seria. Uma crença que petrifica o coração é incompatível com a crença em um Deus que põe na primeira categoria dos deveres o amor ao próximo.
A não eternidade das penas não implica a negação de uma penalidade temporária, dado não ser possível que Deus, em sua justiça, confunda o bem e o mal.
Ora, negar, neste caso, a eficácia da prece, fora negar a eficácia da consolação, dos encorajamentos, dos bons conselhos; fora negar a força que haurimos da assistência moral dos que nos querem bem.
"Ore pelos desencarnados! Não existe morte."
O homem é lento para se desfazer de suas crenças limitantes e de seus hábitos inúteis. Quarenta séculos nos separam da Lei de Moisés, e nossa geração ainda vê traços dos antigos costumes bárbaros. A doutrina das penas eternas esta ultrapassada.
"Qual o problema em trocar de crença"?
Resumo
Num estado primitivo era sim necessário até; alimentar a ideia de um deus vingativo, punitivo e irado. E nada mais impactante aos sentidos do que o medo, o horror de um sofrimento eterno no lago do fogo do inferno.
Resumo
Num estado primitivo era sim necessário até; alimentar a ideia de um deus vingativo, punitivo e irado. E nada mais impactante aos sentidos do que o medo, o horror de um sofrimento eterno no lago do fogo do inferno.
Mas com a passar do tempo, as consciências vão sendo orientadas, e o progresso se encarrega de varrer essas crenças primitivas que não servem para indivíduos inteligentes, que compreendem as coisas pelo uso da razão o amor incondicional do Criador.
Não faz mais sentido alimentar a crença no deus Jeová ou qualquer outro deus guerreiro antigo. Jesus veio trazer uma boa nova, e mostrar ao Planeta a Luz, um Deus amoroso 100% do tempo.
Namastê / Laroyê
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